A viabilidade econ�mica � um dos principais entraves para a cria��o no pa�s de casas de c�mbio, institui��es que operam exclusivamente com a compra e venda de moedas estrangeiras. "At� hoje n�o tivemos seguran�a para criar essa figura da casa de c�mbio", afirmou Geraldo Magela Siqueira, da ger�ncia executiva de normatiza��o de c�mbio e capitais estrangeiros do Banco Central (BC), durante semin�rio sobre c�mbio manual e transfer�ncia de pequenos valores.
Segundo o chefe do Departamento de Preven��o a Il�citos Financeiros e de Atendimento de Demandas de Informa��es do Sistema Financeiro do BC, Ricardo Li�o, o custo para abrir e manter em funcionamento uma casa de c�mbio acaba n�o facilitando a utiliza��o desse tipo de segmento para a compra e venda de moeda estrangeira no pa�s.
Al�m da quest�o custo, a cria��o de casas de c�mbio precisa de normas espec�ficas do BC, o que ainda n�o existe. "Espero que o semin�rio possa trazer subs�dios para fazer essa avalia��o (sobre a cria��o das casas de c�mbio)", salientou Siqueira. "A figura da casa de c�mbio � uma das alternativas que est� 'elencada' para avalia��o ao final do semin�rio", disse. De acordos com dados do BC, s�o realizadas cerca de 25 mil opera��es de c�mbio diariamente. Outras 80 mil transa��es de valores inferiores a US$ 3 mil - dispensadas de registro pela autoridade monet�ria - ocorreriam mensalmente.
Durante a primeira parte do evento promovido pelo BC tamb�m foi discutida a possibilidade de se criar alternativas para que turistas estrangeiros possam fazer pequenas opera��es comerciais - como compra de comida em aeroportos - usando moeda estrangeira. O BC � cauteloso em rela��o ao tema, uma vez que as regras vigentes determinam o uso exclusivo de reais nas transa��es comerciais dentro do Pa�s.
Ainda assim, o BC � favor�vel � moderniza��o das atuais regras para as opera��es de c�mbio manual e de pequenas remessas. "Recebemos todos os dias uma s�rie de reclama��es dos pontos de vista operacional e de custo", admitiu Magela, que destacou que o governo brasileiro assumiu uma s�rie de compromissos de simplifica��o de procedimentos para sediar grandes eventos esportivos nos pr�ximos anos. "Imaginamos que dar� tempo, sim, para fazermos as mudan�as legais necess�rias", concluiu.