O boletim "Economia Brasileira em Perspectiva" do Minist�rio da Fazenda, relativo ao primeiro bimestre, destacou que h� uma "expans�o do cr�dito (no pa�s) com sustentabilidade no m�dio e longo prazos, sem a cria��o de bolhas", mesmo com o crescimento do endividamento e do comprometimento da renda. Segundo o documento, o endividamento das fam�lias brasileiras aumentou cerca de 14 pontos porcentuais entre o final de 2006 e o final de 2010. O brasileiro tamb�m comprometia 21,5% de sua renda no final do ano passado, ante 18,6% em 2006.
Por outro lado, segundo o minist�rio, as taxas de inadimpl�ncia diminu�ram ao longo dos �ltimos dois anos como resultado do aquecimento da economia, redu��o das taxas de desemprego e aumento da renda. "A expans�o do cr�dito mais concentrada em modalidades de menor risco e com exig�ncia de garantias tamb�m contribuiu para a diminui��o dos n�veis de default no segmento de pessoa f�sica", afirmou o boletim. O minist�rio avaliou que o aumento dos n�veis de inadimpl�ncia observados no segmento corporativo logo ap�s a crise de 2008 est� est�vel.
Dentre as opera��es de cr�dito para o consumidor, o boletim destacou o aumento do cr�dito consignado, cujo saldo, em dezembro de 2010, foi 28,2% superior a dezembro de 2009.
O boletim mostra, tamb�m, a evolu��o da concess�o de cr�ditos por segmentos. Em fevereiro de 2011, na compara��o com o mesmo m�s do ano anterior, o desembolso de cr�dito dos bancos privados nacionais cresceu 21,65% e, dos estrangeiros, 15,96%. J� os bancos p�blicos obtiveram crescimento de 22,62% na mesma base de compara��o. A participa��o do BNDES no cr�dito total do sistema permanece dentro dos patamares hist�ricos e ficou em 20,9% em fevereiro de 2011. A m�dia dos �ltimos cinco anos foi de 18,8%.