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Estado de Minas

Emergentes n�o t�m candidato ao FMI, diz Mantega


postado em 30/05/2011 16:00

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira que n�o existe ainda um candidato comum dos pa�ses emergentes para o cargo de diretor-gerente do Fundo Monet�rio Internacional (FMI). Ao ser questionado se o apoio da China � candidatura de Christine Lagarde, ministra das Finan�as da Fran�a, significaria a posi��o dos Brics (Brasil, R�ssia, �ndia e China), Mantega respondeu: “N�o h� candidato de emergentes neste momento”. Segundo ele, o Brasil ir� aguardar a apresenta��o de todos os candidatos, at� o dia 10 de junho, e somente depois de conversar com todos tomar� uma posi��o.

Mantega informou que no in�cio do processo de escolha do novo chefe do FMI enviou uma carta para todos os ministros da �rea de economia do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) com a proposta para que a escolha fosse por meritocracia e n�o pela nacionalidade. “Precisamos superar os princ�pios estabelecidos para que todos possam ocupar este espa�o, desde que atendam aos requisitos de compet�ncia e experi�ncia”, disse. Para ele, � poss�vel haver uma altern�ncia entre os pa�ses avan�ados e os pa�ses emergentes na dire��o do FMI. “Mas que a escolha seja feita pela compet�ncia de gerir o Fundo e n�o pela nacionalidade”, refor�ou, em entrevista ao lado de Christine Lagarde.

O ministro da Fazenda defendeu que n�o haja uma “nacionalidade firme, definida” para a diretoria do FMI. Segundo ele, a regra informal de que sempre um europeu deve estar � frente do Fundo, enquanto um americano ficaria no comando do Banco Mundial, est� “ultrapassada”.

“O G-20 j� superou essa regra. Devemos seguir os passos do G-20 e deixar que a dire��o do FMI seja preenchida por uma pessoa de qualquer nacionalidade”, argumentou, acrescentando que os quesitos de sele��o devem ser compet�ncia, experi�ncia e compromisso com as reformas.

Mantega tamb�m solicitou uma participa��o maior dos pa�ses emergentes no corpo burocr�tico do Fundo. “Deve haver representa��o maior dos emergentes para trabalhar com um esp�rito mais universal do que regional.” Para ele, embora o Fundo esteja mais dedicado a resolver uma crise europeia neste momento, n�o quer dizer que um europeu seja o candidato mais adequado para ocupar a vaga de diretor-gerente do FMI. Como exemplo, Mantega citou que se isso fosse uma verdade, o Brasil deveria ter estado � frente do Fundo no passado, j� que recorreu ao organismo internacional v�rias vezes. “Essa n�o � uma regra v�lida. � preciso de um diretor que veja os problemas mundiais, mas que seja isento em rela��o a eles”, disse o ministro.

Conforme o ministro, o limite para a apresenta��o de propostas dos candidatos � o dia 10 de junho. A escolha, segundo ele, se dar� em 30 de junho. “Esta semana, o presidente do Banco Central do M�xico, Augustin Carstens, deve apresentar sua candidatura.” Essas apresenta��es, segundo Mantega, mostram o “esp�rito democr�tico da campanha”. Para ele, Lagarde � competente ministra.

Reformas

Para Mantega, o importante para o Brasil � que o FMI continue com sua trajet�ria dos �ltimos tr�s anos, quando passou por importantes reformas e colocou os pa�ses emergentes em posi��o de maior protagonismo. ”Christine escolheu o Brasil em primeiro lugar para fazer sua campanha. Isso nos deixa muito satisfeitos” comentou. Segundo ele, com a representa��o de mais pa�ses, o FMI tornou-se uma organiza��o mais eficiente para enfrentar problemas da economia global.

Mantega salientou que, durante seu mandato, Dominique Strauss-Kahn fez pol�tica n�o ortodoxa. “Durante a crise, o FMI recomendou pol�ticas antic�clicas, o que n�o era t�pico do Fundo do passado. Desenvolvemos linha de cr�dito mais flex�vel sem condicionantes e demos a possibilidade de que emergentes tivessem participa��o maior no Fundo”, disse.

O ministro destacou que, em 2008, houve uma maior participa��o a emergentes no FMI e que, em 2010, foi combinada outra reforma, numa etapa que deve ser cumprida at� 2012. A inten��o � que a participa��o do Brasil no Fundo passe de 1,4% para 3,3%. Ele acrescentou ainda que uma nova reforma deve ocorrer at� o in�cio de 2014. “O importante � que o novo diretor-gerente se comprometa a dar continuidade a novas reformas. Queremos um FMI mais forte, com participa��o maior dos emergentes na solu��o dos problemas mundiais”, avaliou.


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