O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) deve ser "o espelho do G-20" e n�o representar apenas o G-8 (grupo das oito maiores economias do mundo). "Avan�amos (os emergentes) nas cotas, mas h� muito que avan�ar", destacou o ministro em entrevista ao lado do presidente do Banco Central do M�xico e candidato ao cargo de diretor-gerente do Fundo, Agust�n Carstens, em Bras�lia.
Mantega disse que � preciso consolidar e avan�ar nas reformas do FMI. Ele afirmou que, at� 2014, � preciso uma nova reforma que garanta uma maior participa��o dos pa�ses emergentes nas decis�es do organismo internacional. "Existe uma sub-representa��o dos emergentes de modo geral e da Am�rica Latina. Queremos sim uma participa��o maior nos cargos de dire��o do FMI para dar mais protagonismo � Am�rica Latina. Estamos fazendo jogo claro, colocando a nossa posi��o em cima da mesa", disse Mantega.
Carstens afirmou que a visita ao Brasil para apresentar a candidatura � "muito importante" devido � representatividade do Pa�s no mundo. "Tenho que reconhecer publicamente que o Brasil est� sendo um verdadeiro l�der em empurrar reformas no FMI e nas finan�as internacionais. O Brasil encabe�ou muitas batalhas importantes", afirmou durante a entrevista, ap�s o encontro com o ministro Guido Mantega.
Carstens disse desejar que o FMI seja mais flex�vel e que esteja mais aberto � participa��o de emergentes. "O M�xico somou-se a esse esfor�o de que o diretor seja eleito com base em experi�ncias, habilidade para enfrentar temas importantes e urgentes", considerou.
Carstens enfatizou hoje que as avalia��es do Brasil e do M�xico sobre a fun��o do organismo internacional s�o semelhantes. “Vim expressar ao ministro (da Fazenda, Guido) Mantega, minha coincid�ncia nos pontos apresentados com ele”, disse. Para Carstens, o Brasil e outros pa�ses emergentes precisam ter uma voz no Fundo.
O presidente do BC mexicano tamb�m enfatizou a necessidade de uma maior participa��o dos emergentes na alta esfera da institui��o e tamb�m em cargos de mais baixo escal�o. “Concordo que acordos t�m que ser acelerados e implementados de forma r�pida e que, em 2012, se comece um esfor�o adicional para que emergentes e seu PIB tenham mais participa��o”, disse. “Temos que continuar com os esfor�os de fechar essa brecha na representa��o”, continuou.
Para o candidato, o FMI tem que ter atitude flex�vel para julgar pol�ticas econ�micas dos diferentes pa�ses. Um passo importante no Fundo, na avalia��o de Carstens, � que seja reconhecido o direto dos pa�ses de colocar controles de capital, mas que seja mantida a flexibilidade para que os pa�ses possam implementar o que eles considerarem como o mais adequado. Assim como Mantega, o presidente do BC mexicano salientou que n�o existe uma regra para ac�mulo de reservas para todos os pa�ses.
“Tamb�m estou de acordo com Mantega de que a Am�rica Latina tenha presen�a mais importante, tenha voz. Resolvemos problemas das d�cadas anteriores com decis�es importantes e recebemos apoio do FMI, que tinha um diretor europeu na �poca”, enfatizou.
Por fim, o candidato solicitou que os membros do Fundo tenham mente aberta para aceitar uma candidatura mexicana. “Seria importante que a decis�o final seja aberta e transparente e que n�o haja d�vidas sobre a legitimidade do novo diretor-gerente”, alegou.