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Estado de Minas ESCASSEZ DE M�O-DE-OBRA

Folha de pagamento da ind�stria mineira sobe 11,4%, al�m do �ndice nacional


postado em 05/06/2011 07:13

Pressionada pela escassez de m�o de obra especializada e o poder de barganha que o trabalhador qualificado ganhou para negociar a sua pr�pria remunera��o, a ind�stria de Minas Gerais elevou os sal�rios pagos aos empregados este ano, contrariando a fama que o estado adquiriu de se aproveitar dos baixos rendimentos pagos como instrumento para manter a sua competitividade. As despesas com a folha salarial das f�bricas mineiras subiram 11,4% acima da m�dia nacional de janeiro a mar�o, enquanto a produtividade, medida pela produ��o f�sica por hora trabalhada pelos empregados, ficou 2,3% superior � m�dia da ind�stria brasileira. Os n�meros constam de estudo do analista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) Antonio Braz de Oliveira e Silva.

De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, realizada nas principais capitais do pa�s, o rendimento m�dio do trabalhador da ind�stria da Grande Belo Horizonte foi de R$ 1.578,10 em abril, descontada a infla��o, representando um acr�scimo de 19,8% na compara��o com abril do ano passado. Na m�dia brasileira, considerando seis regi�es metropolitanas acompanhadas pelo instituto –al�m do entorno de BH, S�o Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife e Salvador –, os vencimentos cresceram 5,6% no �ltimo ano.

A boa not�cia para o trabalhador, especialmente num momento de infla��o alta, imp�e a necessidade de a ind�stria correr atr�s de mais efici�ncia para compensar a eleva��o dos custos num ritmo mais acelerado que a produtividade da m�o de obra como um todo, observa Braz. O estudo analisou somente os indicadores da porta das f�bricas para dentro, ao medir o quanto est�o competitivas as ind�strias mineiras.

“� mais uma press�o que o setor ter� de administrar al�m das dificuldades com o d�lar baixo, que deixa os produtos importados mais baratos, e a alta carga tribut�ria no pa�s”, afirma.

Comparada � realidade das linhas de produ��o em 2008, portanto, no ano da crise financeira mundial, a ind�stria mineira melhorou os sal�rios em 18,8% no primeiro trimestre, conforme as estimativas de Braz. A ind�stria de Minas pagou R$ 24,6 mil por empregado em 2008, estat�stica mais recente dispon�vel, incluindo os encargos sociais, abaixo do que pagaram as empresas de S�o Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Os indicadores de desempenho levantados pela Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (Fiemg) caminham na mesma dire��o dos dados do IBGE.

Enquanto a massa salarial real (a soma de todos os sal�rios pagos pelo setor, descontada a infla��o) cresceu 11,2% de janeiro a mar�o frente aos mesmos meses do ano passado, o faturamento das f�bricas aumentou 9,9% e o n�vel do emprego subiu 1,99%. O presidente da Fiemg, Olavo Machado Junior, diz que n�o h� como fugir �s regras ditadas pelo mercado e �s possibilidades que o trabalhador tem, hoje, de buscar melhor condi��es de trabalho e rendimentos. “A concorr�ncia global obriga as empresas a se adequarem a essa realidade. Assim como as m�quinas evoluem, � preciso investir mais nas pessoas”, diz o industrial.

Aceleradas

A ind�stria automotiva, capitaneada pela Fiat Autom�veis, de Betim, na Grande BH, as usinas sider�rgicas do estado e a produ��o minera de celulose s�o tr�s dos melhores exemplos de setores que mais perseguiram e ganharam produtividade acima da m�dia nacional, segundo Guilherme Veloso Le�o, gerente de economia da Fiemg. “Se a produtividade n�o acompanhar os aumentos de custos, a margem de lucro da empresa cai e ela n�o consegue continuar investindo e se modernizando, o que � ruim para a economia como um todo”, diz Guilherme Le�o.

Em franco processo de expans�o, a Vilma Alimentos, de Contagem, na Grande BH, concluiu investimentos de R$ 55 milh�es em 2010, com foco em aumento da produtividade, e est� aplicando mais R$ 16 milh�es este ano motivada pela mesma iniciativa, informa Cezar Tavares, vice-presidente de Vendas e Marketing da empresa.

Os investimentos em maquin�rio se juntam a programas regulares de treinamento de pessoal do ch�o de f�brica, dos departamentos de vendas e marketing. Outra frente em que a empresa est� trabalhando busca efici�ncia na compra de mat�rias-primas como o trigo no momento certo e direto do produtor, estrat�gia que d� mais competitividade � f�brica. “Somos uma ind�stria de cunho regional que tem de fazer malabarismo para ser melhor que seus concorrentes (grandes empresas) e estar na lembran�a do consumidor como marca de qualidade”, afirma Tavares.

Arrumando a casa

A folha de pagamento real (descontada a infla��o) da ind�stria mineira cresceu 11,4% acima da m�dia do Brasil
de janeiro a mar�o.

A produtividade, medida pela produ��o f�sica por hora trabalhada pelo empregado do setor no estado, foi 2,3% superior � registrada pela ind�stria brasileira em geral.

R$ 1.578,10 foi o rendimento m�dio real (descontada a infla��o) do trabalhador da ind�stria em abril na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte

19,8% foi quanto cresceu a renda do empregado da ind�stria na Grande BH de janeiro a abril, na compara��o com os mesmos meses do ano passado, enquanto na
m�dia nacional os vencimentos (de R$ 1.604,10) aumentaram 5,6% durante o per�odo.

Fonte: IBGE


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