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Estado de Minas

Ag�ncias de emprego oferecem 6 mil vagas na Grande BH

Sal�rios que variam de R$ 545 a R$ 20 mil, mas falta m�o de obra qualificada


postado em 17/06/2011 06:00 / atualizado em 17/06/2011 06:21

 

"N�o basta um bom curr�culo. O profissional precisa estar aberto a novas ideias e se adequar �s exig�ncias das empresas de que conhe�a novos materiais e saiba lidar com os clientes", Bruno Queiroz, t�cnico em edifica��es (foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press)

A despeito das previs�es de crescimento menor da economia neste ano, a oferta de vagas no mercado de trabalho formal segue aquecida e continua a esbarrar na escassez de m�o de obra qualificada e no desinteresse do trabalhador por fun��es de baixa complexidade e remunera��o, em boa parte concentradas nos servi�os de limpeza. Quase 6 mil oportunidades est�o abertas � espera de candidatos em tr�s das maiores ag�ncias de emprego da Grande Belo Horizonte, consultadas esta semana pelo Estado de Minas – o Sistema Nacional de Emprego (Sine-MG), o Grupo Selpe e a Conape Recursos Humanos. Os sal�rios variam do m�nimo de R$ 545 � faixa de R$ 20 mil, num largo horizonte de exatos 5.967 postos de trabalho anunciados que v�o da rotina dos faxineiros a gerentes de projetos da constru��o civil.

Depois de um 2010 marcado pelo forte crescimento do emprego, a restri��o recente do cr�dito adotada pelo governo para conter a infla��o e a alta dos juros, que encarece os investimentos do setor produtivo da economia, devem levar a uma arrefecimento da gera��o de empregos, mas por enquanto o movimento nas ag�ncias de sele��o de m�o de obra � positivo. Na Conape, que contava nessa quinta-feira 550 vagas em aberto, a procura das empresas � semelhante � do ano passado e eles se veem for�ados a correr atr�s dos candidatos experientes e que oferecem um bom curr�culo.

“Quem tem qualifica��o n�o passa aperto”, garante Jos� Carlos Teixeira, diretor da Conape, que tem levado at� tr�s meses para contratar engenheiros, l�deres do ranking das fun��es mais dif�ceis de preencher. A maior rede de sele��o de pessoal, o Sine-MG, com 120 postos de atendimento espalhados pelo estado, tinha cadastradas nessa quinta-feira 5.312 vagas abertas em Belo Horizonte e outros nove munic�pios do entorno da capital mineira (Contagem, Betim, Ribeir�o das Neves, Santa Luzia, Pedro Leopoldo, Vespasiano, Sabar�, Matozinhos e Ibirit�). Al�m de engenheiros civis, de produ��o e mec�nicos, h� uma rela��o extensa de fun��es na constru��o civil (pedreiros, carpinteiros e armadores), na ind�stria (operadores de m�quinas e soldadores) e em empresas de servi�os de alimenta��o (cozinheiros e auxiliares de cozinha) e tecnologia da informa��o.

Com a escassez de m�o de obra qualificada, o empregado passou a dar as cartas na hora da contrata��o, o que explica a parcela de vagas em aberto para profissionais de n�vel superior nas �reas de engenharia, tecnologia de informa��o e na constru��o civil, em geral, observa Hegel Botinha, diretor comercial do grupo Selpe. A empresa especializada em recrutamento de m�o de obra contava, nessa quinta-feira, 150 oportunidades � espera de candidatos. “O mercado de trabalho entrou num ritmo de crescimento um pouco menor, mas a rotatividade tamb�m tem aumentado entre os trabalhadores qualificados que contam com um ambiente bem favor�vel para definir a carreira profissional”, afirma.

Num outro extremo, mas com motivos parecidos, as dificuldades de encontrar candidatos para preencher vagas de servi�os dom�sticos, faxina e trabalhos mais pesados da constru��o refletem a busca desses trabalhadores por empregos de melhor qualidade. A melhora do n�vel de escolaridade do brasileiro e da renda da popula��o leva esses trabalhadores a buscar outras oportunidade nos servi�os de call center e no com�rcio, por exemplo. Hegel Botinha lembra que o pr�prio varejo tamb�m sai afetado pela concorr�ncia da ind�stria, que costuma oferecer melhores sal�rios e conceder mais benef�cios, fatores que atraem m�o de obra dos balc�es das lojas para as f�bricas.

Tempo de escolher

O tempo que as empresas levam para conseguir preencher as vagas tem sido proporcional � possibilidade que o trabalhador ganhou de escolher o melhor emprego, quando tem um bom curr�culo e habilidades adicionais � forma��o t�cnica para oferecer. A experi�ncia recente no mercado de trabalho do t�cnico de edifica��es Bruno Queiroz, de 32 anos, � mostra disso. Em abril passado, portanto dois meses antes se formar, ele foi contratado por uma grande empresa do setor, a RKM Engenharia, se valendo dos tr�s anos em que trabalhou na �rea de reformas. Bruno recebeu pelo menos tr�s propostas de emprego, enquanto buscava a nova atividade.

“N�o basta um bom curr�culo. O profissional precisa estar aberto a novas ideias e se adequar �s exig�ncias das empresas de que conhe�a novos materiais e saiba lidar com os clientes”, afirma Queiroz. Os patr�es, por sua vez, tiveram de se adaptar a uma nova realidade na qual o candidato tamb�m tem voz ativa, diz a diretora de recursos humanos da Direcional Engenharia, Ana Carolina Huss Teixeira. “O candidato agora avalia a empresa, quer saber quem s�o os seus executivos, a sua pol�tica de desenvolvimento de carreira e a solidez do empreendimento”, afirma. Para contornar a escassez de m�o de obra especializada, a construtora, que tem oferecido 20 vagas todo m�s nos n�veis t�cnico, administrativo e gerencial, decidiu adotar uma pol�tica de contrata��es por indica��o.


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