Nesta d�cada, os pre�os das carnes devem sofrer uma eleva��o de at� 30% e os dos cereais poder�o ter um acr�scimo de 20%, segundo o relat�rio Perspectivas para a Agricultura 2011-2020, divulgado nesta sexta-feira pela Organiza��o para a Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE) e Organiza��o das Na��es Unidas para a Agricultura e Alimenta��o (FAO). A alternativa para evitar esse progn�stico, de acordo com os �rg�os, � investir mais no campo.
Em rela��o �s commodities agr�colas, por�m, a tend�ncia � que ocorram boas colheitas permitindo a queda dos pre�os no per�odo de 2011 a 2020 – o contr�rio do que ocorreu desde o come�o deste ano. Os pre�os altos das commodities afetaram a cadeia alimentar, elevando a infla��o e os valores pagos pelos consumidores na maior parte do mundo.
Nos �ltimos meses, as autoridades mundiais advertiram sobre a eleva��o dos pre�os dos alimentos e apelaram para que os governantes buscassem medidas para atenuar os efeitos sobre os consumidores – principalmente os que vivem em pa�ses em desenvolvimento.
"Em geral, os pre�os mais altos s�o uma boa not�cia para os agricultores, mas h� impacto sobre os [mais] pobres que vivem nos pa�ses em desenvolvimento e que gastam a maior parte de sua renda em alimentos e isso pode ser devastador", disse o secret�rio-geral da OCDE, Angel Gurr�a.
Para Gurr�a, � fundamental que os governos passem a informar de forma mais transparente as popula��es sobre as rela��es de mercado. Tamb�m defendeu mais investimentos e est�mulos para a produtividade nos pa�ses em desenvolvimento. “[� necess�rio] suspender a produ��o e as pol�ticas que distorcem o com�rcio para ajudar os mais vulner�veis para melhor gerir o risco e incerteza", disse ele.
O diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, afirmou que, no mercado atual, a volatilidade dos pre�os pode continuar a ser uma caracter�stica do setor agr�cola, por isso ele defendeu a ado��o de “pol�ticas coerentes”. “A solu��o-chave para o problema ser� o aumento de investimentos na agricultura e o refor�o no desenvolvimento rural nos pa�ses em desenvolvimento”, disse.