As pol�ticas de austeridade como as implementadas na Espanha e na Gr�cia amea�am o emprego e colocam em perigo a recupera��o econ�mica, afirma a ONU em seu informe mensal sobre a situa��o social no mundo, divulgado nesta quarta-feira. "As medidas de austeridade adotadas por certos pa�ses, como Gr�cia e Espanha, diante de um excessivo endividamento p�blico n�o amea�am apenas o emprego no setor p�blico e os gastos sociais, mas tamb�m tornam a recupera��o econ�mica mais fr�gil e incerta", explica o informe do departamento de Assuntos Econ�micos e Sociais da ONU.
"Os governos devem reagir com prud�ncia �s press�es em favor da consolida��o or�ament�ria e da ado��o de medidas de austeridade se n�o quiserem se arriscar com a interrup��o da recupera��o de sua economia", prossegue o documento. Este problema n�o afeta unicamente as economias avan�adas, dizem os economistas da ONU, que advertem que "v�rios pa�ses em
"� essencial que os governos levem em conta as consequ�ncias sociais prov�veis de suas pol�ticas econ�micas" sobre alimenta��o, sa�de e educa��o, para n�o penalizar o crescimento econ�mico em longo prazo, insiste a ONU. Se isto n�o ocorrer, as pol�ticas econ�micas de austeridade podem dar lugar a um "c�rculo vicioso" formado por um "fraco crescimento e um fraco progresso social".
A ONU pede �s autoridades que apoiem medidas de reativa��o para refor�ar a recupera��o da produ��o e preservar os investimentos econ�micos e sociais. "Os pa�ses que implementaram sistemas de prote��o social est�o em melhor posi��o para atenuar as consequ�ncias dos impactos" da crise e "impedir que sua popula��o se afunde ainda mais na pobreza", assegura o estudo.
J� uma queda dos gastos sociais ir� provavelmente exacerbar e alargar os efeitos negativos de uma crise, em termos de desnutri��o, por exemplo, ou de taxa de abandono escolar e de desemprego em longo prazo, considera a ONU. O informe tamb�m denuncia os chamados a favor de uma maior flexibilidade do mercado de trabalho, j� que "vem acompanhada frequentemente por uma queda de sal�rios e por uma degrada��o das condi��es de emprego". Por fim, os autores do informe lamentam que as medidas financeiras adotadas at� agora n�o tenham abordado as causas profundas da crise, de modo "que a recupera��o segue amea�ada por novos excessos".