O n�mero de empresas comerciais estabelecidas no Brasil, estimado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), subiu 4,6% de 2008 para 2009, passando de 1,402 milh�o de empresas formais para 1,466 milh�o. Essas empresas tinham 1,57 milh�o de unidades locais com receita de revenda, que podem ser chamadas de filiais, e geraram receita operacional l�quida no valor de R$ 1,6 trilh�o. Os dados s�o da Pesquisa Anual do Com�rcio (PAC) 2009, divulgada nesta ter�a-feira pelo instituto.
Embora o percentual de crescimento tenha sido menor do que o registrado em 2008 em rela��o a 2007 (+7,83%), a expans�o observada foi estimulada pela demanda interna, explicou � Ag�ncia Brasil o pesquisador do IBGE, Luiz Andr�s Paix�o. Para ele, a crise financeira internacional, que atingiu seu auge em 2009, n�o afetou tanto o Brasil quanto as economias norte-americana e europeia. “O Brasil teve v�rias medidas tomadas pelo governo para diminuir o impacto da crise
Segundo o pesquisador, a sondagem evidencia que n�o houve uma mudan�a estrutural muito grande do com�rcio de um ano para o outro. O com�rcio varejista, representado por 1,2 milh�o de empresas formais, seguiu liderando em termos de emprego, com 6,459 milh�es de pessoas ocupadas, de um universo de 8,8 milh�es. Luiz Andr�s Paix�o informou, por�m, que embora o total de sal�rios pagos pelo com�rcio de varejo tenha atingido R$ 58,9 bilh�es em 2009, contra R$ 25,3 bilh�es no com�rcio por atacado, a remunera��o m�dia foi apenas 1,5 sal�rio m�nimo, enquanto no com�rcio atacadista (158,7 mil empresas), a m�dia salarial foi 2,8 m�nimos.
O com�rcio atacadista liderou tamb�m em receita operacional l�quida (R$ 677,8 bilh�es), o que equivaleu a 43% da receita comercial total. “S�o empresas que atuam em grande escala e revendem mercadorias para outras empresas. Por isso, conseguem gerar uma receita maior”. No com�rcio varejista, a receita operacional l�quida somou R$ 661,1 bilh�es. Essa divis�o do com�rcio apresentou tamb�m o maior retorno, em termos de margem de comercializa��o (52,2%), contra 36,7% do com�rcio atacadista.
Vendas de combust�veis e produtos aliment�cios, bebidas e fumo s�o os setores que se destacaram em 2009 no com�rcio atacadista. No com�rcio varejista, o setor de combust�veis e lubrificantes tamb�m tem forte presen�a, acompanhado de hipermercados e supermercados. “Isso mostra a import�ncia que os combust�veis t�m na economia. � uma atividade muito importante para o com�rcio”.
A terceira divis�o do com�rcio analisada pelo IBGE � o segmento de ve�culos automotores, pe�as e motocicletas, que envolveu 143,5 mil empresas em 2009, totalizando receita operacional l�quida de R$ 238,5 bilh�es. O segmento respondeu por 855,5 mil pessoas ocupadas e pelo pagamento de R$ 10,9 bilh�es em sal�rios.
Por regi�es, a pesquisa mostra que o com�rcio continua predominando no Sudeste. A regi�o concentrou naquele ano 52,2% da receita gerada pela atividade comercial, enquanto na ponta contr�ria, a Regi�o Norte aparece com apenas 3,6% da receita total. “Tem muito a ver com a distribui��o da popula��o dentro do pa�s e com a atividade econ�mica como um todo”, observou Paix�o.