O Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa) prorrogou o prazo para que a cadeia produtiva do leite se enquadre nos novos padr�es de qualidade sanit�ria estabelecidos pela Instru��o Normativa nº 51. A lei, que entraria em vigor amanh� (1º), s� valer� a partir de janeiro de 2012.
A principal mudan�a imposta pela norma � a redu��o da contagem bacteriana total (CBT) em 87% e de contagem de c�lulas som�ticas (CCS) em 50% por mililitro do produto. O limite da CBT, atualmente em 750 mil unidades formadoras de col�nia (UFC) por mililitro, passar� para 100 mil UFC. A CCS m�xima aceita cair� de 750 mil c�lulas para 400 mil c�lulas por mililitro.
“O governo est� dando um prazo de seis meses para que a cadeia produtiva possa fornecer um produto de melhor qualidade para os consumidores e para que seja firmado acordo setorial para estabelecer um sistema de pagamento ao produtor por essa melhoria de qualidade.
De acordo com o Mapa, os representantes do setor alegam que, se a nova lei entrasse em vigor agora, a maioria dos produtores seria exclu�da do mercado. A proposta da cadeia produtiva, segundo o minist�rio, � fazer uma redu��o gradual dos �ndices anualmente. Al�m disso, o setor reclama das condi��es das estradas vicinais, da energia el�trica insuficiente e irregular em algumas �reas, da falta de acesso � tecnologia e das dificuldades para obter financiamento destinado � moderniza��o da produ��o leiteira. Tamb�m pede treinamento para pequenos produtores sobre t�cnicas adequadas de ordenha e produ��o.
O diretor do Departamento de Inspe��o e de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Luiz Carlos de Oliveira, disse que a meta � efetivar nacionalmente o sistema de pagamento por qualidade, com base nos novos par�metros que ser�o estabelecidos. "Sabemos das dificuldades do pa�s, mas precisamos do comprometimento de toda a cadeia”, disse Oliveira, ao defender a posi��o do governo de exigir melhor qualidade do leite nacional.