O governo n�o vai mais ajudar a financiar a fus�o entre o P�o de A��car e as opera��es brasileiras do Carrefour. Depois de enfrentar cr�ticas por concordar em participar do neg�cio, com um aporte de at� R$ 4, 5 bilh�es, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) lavou as m�os. Em conversas reservadas, a presidente Dilma Rousseff disse que n�o vale a pena enfrentar o desgaste se n�o h� acordo entre os s�cios em torno da proposta de casamento.
Na avalia��o do Pal�cio do Planalto, o empres�rio Ab�lio Diniz, do P�o de A��car, n�o foi h�bil nas negocia��es com Jean-Charles Naouri, do grupo franc�s Casino. Naouri acusa Diniz de tentar se unir ao Carrefour para burlar o acordo anterior pelo qual o Casino assumir� o controle do P�o de A��car em 2012. O s�cio franc�s chegou a afirmar que as tratativas entre Diniz e o Carrefour foram "secretas e ilegais". Desde que a proposta de fus�o foi divulgada, h� 15 dias, come�aram as rea��es negativas. Houve forte protesto contra o uso de dinheiro do contribuinte no neg�cio, por meio do BNDES, e parlamentares da oposi��o insistem em cobrar explica��es do presidente do banco, Luciano Coutinho, e do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. A bancada do DEM na C�mara apresentou requerimento de convoca��o de Pimentel na Comiss�o de Defesa do Consumidor. Na tentativa de contornar o mal estar, o deputado Paulo Teixeira (SP), l�der do PT, disse que o partido apoiar� os convites para os representantes do P�o de A��car, do Casino, do Carrefour e do BNDES explicarem o neg�cio. Al�m dos protestos e das estocadas entre Diniz e Naouri, o Minist�rio P�blico abriu investiga��o com o objetivo de apurar se existe interesse p�blico no uso de recursos federais para uma opera��o de fus�o entre o P�o de A��car e o Carrefour. Em of�cio encaminhado a Luciano Coutinho, o MP quer saber, por exemplo, quais os crit�rios para a ado��o de prioridades nos investimentos do BNDES.