A opera��o e manuten��o do trem-bala pode acabar nas m�os do governo federal. Diante da dificuldade de conseguir do setor privado o compromisso de assumir uma s�rie de riscos envolvidos na opera��o, o Pal�cio do Planalto pode jogar para a Etav, estatal criada para ser s�cia do empreendimento, uma parcela maior de responsabilidade sobre o trem que ligar� Campinas, S�o Paulo e Rio de Janeiro.
No modelo original da licita��o, que fracassou, a estatal entraria como s�cia das empreiteiras e da empresa fornecedora da tecnologia do trem-bala. A participa��o da Etav na gest�o do neg�cio seria limitada. Agora, o governo estuda ampliar a participa��o da estatal.
A reportagem apurou que uma das alternativas � encontrar um s�cio privado para operar a linha em parceria com a estatal.
A defini��o da operadora da linha ser� feita na primeira fase da licita��o, que deve ocorrer no in�cio de 2012. A estatal ser� vinculada ao Minist�rio dos Transportes e ainda ter� os detalhes de sua atua��o regulamentados. A lei que cria a empresa prev� que a Etav poder� “administrar e explorar o patrim�nio relacionado ao transporte ferrovi�rio de alta velocidade, quando couber”, al�m de tarefas como a responsabilidade pela obten��o de licen�a ambiental. A empresa cuidaria ainda de desapropria��es.
A possibilidade de a Etav operar o trem-bala ou futuras linhas de alta velocidade � admitida “em car�ter excepcional”, em caso de fal�ncia da operadora, por exemplo. Mas a pr�pria lei prev� a participa��o da empresa como s�cio ou acionista minorit�ria em outras sociedades.
No modelo original, a Etav j� bancaria custos estimados em R$ 3 4 bilh�es, sobretudo por meio de gastos com desapropria��es. No novo modelo, a participa��o estatal poder� crescer.