O Carrefour reconheceu nesta quarta-feira o fracasso da fus�o com o Grupo P�o de A��car, mas disse n�o descartar estudar novos projetos de fus�o no Brasil. Apesar de dizer que n�o h� nada no momento, o gigante varejista afirmou que uma nova proposta poderia ser estudada se inclu�sse outro mecanismo financeiro. O gigante varejista franc�s Carrefour defendeu nesta quarta-feira seu crescimento nos mercados emergentes, em meio � queda nas vendas em seu mercado dom�stico e a uma esperada redu��o nos lucros.
As vendas da companhia no segundo trimestre deste ano aumentaram 1,6%, para € 22,4 bilh�es, de € 22,1 bilh�es no mesmo per�odo do ano passado. As vendas no Brasil, o segundo maior mercado do Carrefour, saltaram 11,3%, para € 3,07 bilh�es no segundo trimestre.
O Carrefour procurou contrastar a deteriora��o de seu desempenho na Fran�a, na Espanha e na It�lia com o Brasil - mercado que h� semanas est� nos holofotes. Pierre Bouchut, diretor financeiro da empresa, disse que foi particularmente robusto o desempenho da rede de lojas pegue-e-pague Atacad�o e que est� "diminuindo a sangria" nos 28 hipermercados brasileiros
O segundo maior varejista do mundo depois do Walmart informou que o lucro operacional do primeiro semestre vai totalizar cerca de € 760 milh�es quando a companhia divulgar seu balan�o, no m�s que vem. A antecipada queda em rela��o ao primeiro semestre do ano passado, quando o lucro operacional foi de € 989 milh�es, � resultado do aumento dos pre�os de fornecedores, em particular na Fran�a e da diminui��o da participa��o de mercado.
"Fomos afetados por um ambiente crescentemente competitivo que se acirrou em maio e junho", disse Bouchut. Os efeitos devem se estender pelo restante do ano. Bouchut disse que o Carrefour est� em desvantagem para atingir seus objetivos no ano cheio - de aumento nas vendas e no lucro operacional. A Fran�a, que representa 44% das vendas da empresa, foi um mercado punitivo para o Carrefour. As vendas no mercado franc�s aumentaram para € 9,86 bilh�es, gra�as ao aumento no pre�o da gasolina, j� que muitas lojas da rede de hipermercados t�m postos de combust�veis.
Os esfor�os para reanimar sua decadente opera��o de hipermercado - lojas imensas que vendem desde p�o a bicicletas - n�o parecem ter repercutido nos consumidores. Descontando-se a venda de gasolina e o impacto de uma P�scoa tardia, as vendas dos hipermercados ca�ram 3,3% e o Carrefour disse que perdeu participa��o de mercado. A companhia est� no meio de um programa de € 1,5 bilh�o para reestruturar suas lojas, iniciativa que, segundo Bouchut, ser� acelerada para tentar recuperar as vendas.
Por�m, o Carrefour enfrenta dificuldades mesmo em alguns de seus mercados emergentes. As vendas na China ficaram praticamente est�veis. O Carrefour disse que foi prejudicado por uma nova lei chinesa que pro�be descontos em produtos n�o aliment�cios - eletr�nicos, m�veis e vestu�rio, por exemplo.