Com preju�zo operacional de 772 milh�es de euros no primeiro semestre deste ano — queda de 22% em rela��o ao mesmo per�odo de 2010 —, o Carrefour vai apostar todas as fichas na reestrutura��o de seu modelo de neg�cios. O primeiro passo nesse caminho foi dado nessa quarta-feira, com o an�ncio do fechamento de cinco unidades no Brasil, uma delas em Bras�lia, duas em S�o Paulo, uma em Uberaba e outra em Vit�ria.
O Carrefour divulgou na quarta-feira um balan�o mundial de opera��es da empresa. A Am�rica Latina e a �sia tomaram a frente no mapa das regi�es mais lucrativas para o grupo. Representaram, respectivamente, 27,4% e 10,8% do rendimento l�quido das opera��es na primeira metade do ano — que apresentaram pequeno aumento nas vendas, de 2,3%. Em contraste, a Fran�a, pa�s sede da rede, apresentou preju�zo de 302 milh�es de euros — queda de 40% em rela��o a 2010. Na Europa, o decl�nio foi de 33,3%, o que corresponde a uma perda de 142 milh�es de euros.
Fus�o
Em meio � crise, em julho deste ano, o Carrefour apoiou a proposta de Abilio Diniz, dono do P�o de A��car, de fus�o entre as redes. O empres�rio apresentou uma proposta de empr�stimo ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) de 2 bilh�es de euros, que foi negada. � �poca, Diniz declarou ter desistido das negocia��es. Na semana passada, por�m, voltou atr�s e defendeu novamente a fus�o pelo Twitter. “N�o tenho d�vida disso. (A uni�o) traria muitos ganhos de efici�ncia, que seriam repassados para os pre�os”, disse o empres�rio, no microblog.
Estrat�gico
No m�s passado, o presidente mundial do Carrefour, Lars Olofsson, veio ao Brasil para tranquilizar os funcion�rios da rede, que vivem momentos de inseguran�a desde a proposta de fus�o. Na visita, ele declarou � diretoria da empresa no pa�s que o grupo n�o est� � venda e que o pa�s � estrat�gico para o neg�cio dar certo. Na vis�o de especialistas, tudo n�o passou de uma tentativa interna para evitar uma piora ainda maior do desempenho do grupo.