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Estado de Minas

Falta cultura de inova��o � ind�stria instalada no Brasil, diz presidente da Capes


postado em 13/07/2011 19:31 / atualizado em 13/07/2011 20:00

O investimento do setor empresarial brasileiro em inova��o tecnol�gica “� m�nimo” e “ridiculamente baixo”. A opini�o � do presidente da Coordena��o de Aperfei�oamento de Pessoal de N�vel Superior (Capes), o bioqu�mico Jorge Almeida Guimar�es. Ele est� participando da 63ª Reuni�o da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ci�ncia (SBPC), na capital goiana.

Segundo ele, a principal fonte de inova��o na economia moderna s�o as patentes obtidas pelas ind�strias. No Brasil, no entanto, as empresas “n�o fazem patentes”, porque “a nossa ind�stria n�o � nossa ou, ent�o, porque tem a estrutura muito familiar”, assinala Guimar�es. “Quando morre o patriarca, os herdeiros querem o dinheiro para viver a vida. Por isso, o investimento � muito pequeno.”

As patentes asseguram faturamento �s empresas al�m da comercializa��o direta dos produtos. O dinheiro tamb�m remunera inventores e laborat�rios de desenvolvimento. Por essa raz�o, nas principais economias do mundo o investimento da iniciativa privada em pesquisa e desenvolvimento costuma ser muito maior que o do Estado.

Conforme dados do Minist�rio da Ci�ncia e Tecnologia (MCT), as empresas nos Estados Unidos investem um valor

correspondente a 1,86% do Produto Interno Bruto (PIB) contra 0,75% do governo. Na Coreia, 2,46% s�o provenientes da iniciativa privada e 0,86%, do Estado. No Jap�o, a dist�ncia � maior: 2,68% v�m das empresas e 0,54%, do governo.

Os investimentos do governo do Jap�o s�o proporcionalmente iguais ao do governo brasileiro, mas a iniciativa privada aqui s� investe 0,57% (inclu�do a� os gastos da Petrobras e de outras estatais).

Segundo Guimar�es, a situa��o tem feito com que as universidades se tornem importantes fontes de inova��o e de cria��o de empresas encubadoras de tecnologia. O caminho tende a ser refor�ado com o programa “Brasil sem Fronteiras” que o governo prepara para lan�ar. A Capes e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient�fico e Tecnol�gico (CNPq) ter�o como miss�o custear em quatro anos 75 mil bolsas no exterior nas �reas de tecnologia, especialmente em engenharia.

A conta do governo � que falta engenheiros para desenvolver inova��o tecnol�gica. Apesar do aumento do n�mero de pessoas concluindo o curso superior – de 324 mil (2000) para 800 mil (2009) – o percentual de engenheiros formados caiu de 7% para 5,9%, entre os mesmos anos.

A falta de engenheiros � apontada como um gargalo para o crescimento do pa�s. Empresas instaladas e potenciais investidores avaliam, inclusive, a possibilidade de ter que contratar m�o de obra estrangeira para trabalhar na explora��o de petr�leo, projetos de infraestrutura e da constru��o civil e em tecnologia de informa��o e comunica��o – como a ind�stria de tablet que receber� benef�cios fiscais para investir no Brasil.

De acordo com Guimar�es garantem, a prioridade para as engenharias n�o retirar� recursos para bolsas e pesquisas para as ci�ncias sociais aplicadas e outras �reas das ci�ncias humanas, que ter�o os programas atuais mantidos.

O presidente da Capes reclama aubda da legisla��o brasileira (Lei no. 9.279/1996, Artigo 18) que limita o patenteamento com biotecnologia, como os f�rmacos que o Brasil tem depend�ncia de cerca de 90% do que consome.

“A principal �rea de inova��o no mundo � biotecnol�gica. N�s estamos impedidos de ter patentes na �rea biotecnol�gica. N�o pode patentear nada que � de origem da natureza, entre eles os micro-organismos. Ora, micro-organismo � a grande fonte para desenvolvimento de antibi�ticos. Ao proibir a patente de produtos como esses, estamos favorecendo a biopirataria e permitindo que outros pa�ses fa�am.”


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