O Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) continua preocupado com a aproxima��o entre Walmart e Carrefour e a desnacionaliza��o do varejo no Pa�s, mas j� compartilha da vis�o predominante de que � muito dif�cil a possibilidade de nova investida em favor da fus�o entre P�o de A��car e o grupo franc�s no Brasil.
Anteontem, na reuni�o de diretoria em que os t�cnicos da subsidi�ria de investimentos BNDESPar informaram a rejei��o do conselho de administra��o do franc�s Casino � proposta do BTG levada por Abilio Diniz a Paris, a c�pula do banco logo decidiu que era hora de desembarcar. A d�vida durante todo o dia, conta uma fonte, foi a conveni�ncia de divulgar logo a decis�o.
Como o enquadramento da opera��o prescindia de um acordo entre os controladores do P�o de A��car, Casino e fam�lia Diniz, o banco viu na posi��o oficial do s�cio franc�s que esse pressuposto n�o seria alcan�ado no conselho da controladora da varejista brasileira, Wilkes.
A decis�o acabou ajudando o BNDES a tentar sair do fogo cruzado em que se meteu ap�s cogitar entrar com at� R$ 4,5 bilh�es para adquirir uma fatia da empresa resultante da fus�o. A pol�mica deu muni��o para a oposi��o no Congresso, que aprovou convites ao presidente do banco, Luciano Coutinho, para falar em comiss�es e um destaque submetendo emiss�es do Tesouro para o BNDES ao Or�amento da Uni�o. Ainda prop�s uma CPI.
A avalia��o do governo, diz outra fonte, � de que o BNDES posicionou-se mal no epis�dio, demorando a frisar a condi��o do acordo, um mecanismo criado justamente para proteg�-lo. “O neg�cio n�o deu errado porque o BNDES saiu. O BNDES saiu porque o neg�cio deu errado”, afirma a fonte.