O Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) inicia nesta ter�a-feira a quinta reuni�o no ano para avaliar os principais indicadores macroecon�micos, no Brasil e no exterior, e definir sobre a necessidade de mais um ajuste na taxa b�sica de juros (Selic) para refor�ar o combate �s press�es inflacion�rias.
A reuni�o do colegiado de diretores do Banco Central (BC) � realizada em duas etapas: hoje e amanh� (20), sempre no final da tarde. Uma poss�vel altera��o da Selic atual, de 12,25% ao ano, s� ser� conhecida, portanto, na noite desta quarta-feira. Os
Pesquisa do BC, feita na �ltima sexta-feira, com uma centena de analistas do mercado financeiro, aponta para mais uma eleva��o da taxa, a exemplo do que aconteceu em todas as reuni�es do Copom neste ano. Economistas de outras �reas ressaltam, no entanto, que o combate � infla��o com mais juros n�o tem sido tecnicamente eficaz, al�m de onerar os investimentos empresariais e reduz a oferta de empregos.
Esse � o entendimento do consultor econ�mico Antoninho Marmo Trevisan, membro do Conselho de Desenvolvimento Econ�mico e Social (CDES) – �rg�o de assessoramento da Presid�ncia da Rep�blica – e da organiza��o n�o governamental Movimento Brasil Competitivo (MBC). Ele acrescenta que o aumento da Selic tamb�m torna o cr�dito ao consumo mais caro e agrava a d�vida p�blica.
Em consequ�ncia, segundo ele, a estrat�gia de combater a infla��o com mais juros “pode aprofundar a queda do n�vel de atividade e gerar efeitos colaterais negativos”. Ele cita a intensifica��o do processo de valoriza��o do real em rela��o ao d�lar e o aumento das despesas do governo com juros, que foram de R$ 195 bilh�es em 2010 e devem chegar a R$ 210 bilh�es neste ano, de acordo com suas estimativas.