CNI quer medidas para amenizar efeitos de juros altos

A Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) cobrou do governo medidas que amenizem os efeitos da alta da taxa de juros sobre a competitividade da ind�stria nacional. Em comunicado divulgado ap�s a reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), do Banco Central (que subiu a taxa Selic de 12,25% para 12,50% ao ano), a CNI criticou a decis�o. "Quanto mais essas a��es demorarem, maiores ser�o os preju�zos para o pa�s. Por isso, a ind�stria espera a inclus�o de medidas efetivas de desonera��o tribut�ria na nova fase da pol�tica industrial", diz a nota.

Para a CNI, ao elevar a taxa b�sica de juros em 0,25 ponto porcentual, o governo intensifica o uso de instrumentos monet�rios no combate � infla��o. "O custo dessa pol�tica � muito alto, especialmente para a ind�stria, porque o aumento dos juros encarece o cr�dito e diminui o consumo. Al�m disso, com a taxa real de juros mais alta do mundo, o Brasil atrai capital externo, o que intensifica a forte valoriza��o do real diante do d�lar. Com juros altos e c�mbio valorizado, os produtos brasileiros n�o conseguem competir com os estrangeiros e perdem espa�o nos mercados interno e externo", ressalta a nota.

For�a Sindical

O presidente da For�a Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, avaliou, em nota, que a decis�o do BC "agrada o mercado financeiro" e prejudica a busca dos trabalhadores por "um aumento de renda real". O presidente da entidade lembrou que o controle da infla��o � essencial, mas repudiou o que chamou de "pol�tica que traz lucros vultosos apenas aos especuladores, em detrimento da maioria".

"N�s repudiamos esta atitude do Copom de ignorar os custos desta pol�tica para a popula��o", criticou. "N�s tamb�m n�o engolimos o discurso de que aumento real de sal�rio gera infla��o", acrescentou. O deputado federal ressaltou que a For�a Sindical defende medidas que reduzam a desigualdade de renda entre os brasileiros. "E a eleva��o da Selic s� prejudica esta caminhada em busca do aumento de renda real dos trabalhadores", frisou.