O diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse nesta sexta-feira que a companhia n�o pretende importar gasolina em agosto para suprir a demanda interna, mas n�o descarta que a importa��o seja necess�ria j� em setembro. Segundo ele, os estoques atuais e a capacidade de refino da empresa atendem o consumo pelos pr�ximos 30 dias, mas o ritmo do crescimento da demanda est� muito superior ao esperado pela Petrobras.
Em n�veis gerais, a estatal registrou um crescimento m�dio de 6% este ano no consumo de combust�veis ante o ano passado, quando a demanda j� havia crescido 10% sobre o ano anterior. "� um ritmo muito acelerado e especialmente vindo de uma frota nova, de carros importados, que consomem diesel ou gasolina e n�o tem a op��o de usar etanol", disse. Ele destacou ainda que a migra��o do consumidor de etanol para a gasolina, verificada no primeiro semestre durante a entressafra da cana, e que elevou os pre�os do combust�vel, n�o se reverteu na propor��o esperada pela Petrobras.
Na semana passada, o presidente da estatal, Jos� Sergio Gabrielli, havia afirmado que a companhia certamente precisar� importar gasolina este ano, independente de a mistura de etanol ser ou n�o reduzida, exatamente por conta do elevado crescimento da demanda. "N�s avaliamos o consumo dia a dia.
Costa destacou ainda que algumas paradas programadas em refinarias no segundo semestre podem contribuir para agravar a rela��o oferta versus demanda. "A maior parte das paradas, as mais pesadas j� ocorreram no primeiro semestre, mas temos algumas ainda nos pr�ximos meses e podem haver outras n�o programadas que complicam ainda mais a situa��o", disse. Ele n�o quis estimar qual seria o volume necess�rio a ser importado pela companhia este ano. Entre abril e maio, a Petrobras importou 2,5 milh�es de barris para suprir a demanda extra no mercado interno. No ano passado, pelo mesmo motivo da alta de pre�os do etanol, a estatal importou 3 milh�es de barris.
Fertilizantes
A Petrobras e a Vale finalizar�o a proposta para o melhor aproveitamento de uma mina de pot�ssio e constru��o de uma unidade de fertilizantes em Sergipe at� o final do m�s de agosto. Esquivando-se a dar detalhes sobre o assunto, o presidente da Petrobras disse apenas que "pelo assunto ser p�blico" ele poderia confirmar que o acordo tem 30 dias para sair a partir da data anunciada.