
A Bolsa de Valores de S�o Paulo (Bovespa) abriu em queda, em meio �s incertezas de investidores ante a volatilidade enorme apresentada nos �ltimos dias. Apesar de os pre�os das a��es brasileiras seguirem atraentes, ningu�m arrisca dizer que a recupera��o dos mercados ocorrida na ter�a-feira veio para ficar, pois a base de sustenta��o � fr�gil. � espera de uma not�cia boa o suficiente para i�ar os neg�cios locais, a Bolsa deve acompanhar o comportamento err�tico das pra�as internacionais. �s 10h10, o �ndice Bovespa (Ibovespa) ca�a 1,64%, aos 50.314 pontos.
"Os mercados permanecem na defensiva mesmo com os valuations (rela��o entre o pre�o da a��o e o valor patrimonial das empresas) locais muito atrativos", comenta, em relat�rio, o analista da Um Investimentos, Eduardo Oliveira. De fato, levantamento feito pela Econom�tica mostra que o valor de mercado das empresas de capital aberto derreteu, nos �ltimos dias.
Segundo a consultoria, das 61 companhias negociadas no Ibovespa, 22 est�o com o pre�o abaixo do patrim�nio l�quido (ativos menos passivos) - o que significa que a a��o est� com um desconto grande, ou seja, barata. Isso n�o significa, entretanto, que o valor de mercado esteja refletindo os fundamentos econ�micos das companhias - geralmente relegados em momentos de turbul�ncia financeira, como o atual.
Ainda assim, a safra dom�stica de balan�os pode estimular os mais ousados. Logo cedo, foram anunciados os resultados trimestrais da MMX, que saiu de preju�zo para lucro de R$ 90,9 milh�es entre abril e junho de 2011; e o da TAM, que tamb�m saiu do vermelho e migrou para o azul, com ganhos de R$ 60,3 milh�es no trimestre passado.
Mas tudo vai depender dos pr�ximos dados econ�micos nos Estados Unidos e o desenrolar da crise na Europa - fatores que seguem como um divisor de �gua para os mercados. Da agenda econ�mica norte-americana, ser�o divulgados os dados de vendas e estoques no atacado em junho (11 horas de Bras�lia), os n�meros semanais de estoques de petr�leo bruto e seus derivados (11h30) e o resultado das conta do governo dos EUA em julho (15h).
Em meio a tudo isso, especialistas tamb�m lembram da proximidade dos vencimentos - de op��es sobre a��es, na segunda-feira, e de �ndice Bovespa futuro, na quarta-feira -, o que deve intensificar o perfil bipolar da Bolsa. "A nossa realidade hoje � essa: p�nico e euforia", sintetizou o gestor de renda vari�vel da Infinity Asset, George Sanders, ao jornalista Leandro Mod�, do Grupo Estado.
Europa
As principais bolsas mundiais se recuperavam nesta quarta-feira, depois da alta registrada em Wall Street na v�spera e da promessa do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de apoiar a economia americana, mas os investidores ainda questionam se esta � apenas uma alta t�cnica ou com fundamentos mais s�lidos.
�s 9H28 GMT (6H28 de Bras�lia), as altas eram de 1,35% no �ndice Footsie 100 de Londres, de 2,59% no Dax 30 de Frankfurt, 1,24% no CAC 40 de Paris e de 0,81% no Ibex 35 de Madri. O FTSE Mib de Mil�o operava de maneira est�vel (-0,01%).
Mais cedo, as bolsas asi�ticas fecharam em alta e recuperaram parte das grandes perdas registradas no in�cio da semana. T�quio registrou ganhos 1,05%, Hong Kong de 2,34% e Seul de 0,27%. Sydney avan�ou 2,6%. A recupera��o das pra�as asi�ticas seguiu a tend�ncia de ter�a-feira em Wall Street, onde o �ndice Dow Jones ganhou 3,98% e a Nasdaq 5,29%.
A tend�ncia de alta das bolsas foi estabelecida ap�s a decis�o do Fed de manter a taxa b�sica de juros entre 0 e 0,25% pelo menos at� meados de 2013, com o objetivo de apoiar o crescimento da maior economia mundial. O Fed anunciou ainda que examina novas medidas para enfrentar a conjuntura econ�mica do pa�s, que registra um crescimento fraco, que no segundo trimestre foi de apenas 1,3% em ritmo anual.