O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, desembarcou na noite da �ltima quinta-feira, em Buenos Aires, para uma reuni�o de ministros da Economia e presidentes de Banco Central dos doze pa�ses membros da Unasul. Um dos principais temas do encontro ser� a cria��o, o quanto antes, de um mecanismo para fazer frente �s crises mundiais e, segundo Mantega, j� existem duas propostas na mesa.
A primeira prev� a amplia��o do Fundo Latino-Americano de Reservas (Flar), para incluir outros pa�ses, entre os quais o Brasil e a Argentina. A segunda prop�e desenvolver um mecanismo mais ambicioso, parecido com o fundo que os pa�ses asi�ticos criaram em 2010. “A crise mostra que de repente podem surgir nuvens no c�u azul e precisarmos de maiores defesas. Ent�o, � o momento de acelerarmos os mecanismos de defesa”, disse Mantega. “N�s podemos adotar o Flar ou podemos partir para algo mais ambicioso. Devemos come�ar pelo que j� existe. E mais r�pido”, completou.
O Flar foi criado em 1978 por sete pa�ses: Bol�via, Col�mbia, Costa Rica, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela. Seu objetivo �
J� o fundo asi�tico e muito maior: disp�e de cerca de US$ 200 bilh�es. “Temos que discutir os dois modelos”, disse Mantega. Segundo ele, o Brasil quer um meio-termo: um fundo regional menor que o asi�tico, mas mais robusto. “Estamos criando uma comiss�o dos pa�ses para estudar como fortalecer o Flar ou outros mecanismos”, disse o ministro. Segundo Mantega, para fazer parte desse fundo, o Brasil teria que ser convidado e pagar uma cota de aproximadamente US$ 500 mil.
Na reuni�o de amanh�, os ministros tamb�m discutir�o formas de fortalecer o com�rcio regional e proteger o mercado sul-americano dos fluxos financeiros dos pa�ses desenvolvidos em crise que “n�o t�m para onde ir e acabam criando volatilidade nos mercados latino-americanos” .
Mantega disse que a regi�o est� preparada para enfrentar a crise porque conta com reservas e tem sido favorecida pelos pre�os altos das commodities. Mas, mesmo assim, defende que a Am�rica do Sul deve tomar medidas de precau��o. “Se as commodities continuarem com pre�os elevados, provavelmente n�o seremos afetados. Mas se elas perderem valor ent�o haver� perdas nos pa�ses, e poder� haver consequ�ncias maiores”, declarou.