A ind�stria brasileira de embalagens dever� fechar o ano com expans�o de 1% na produ��o, mesmo atingida pelo desaquecimento da economia mundial. O n�vel est� abaixo da m�dia alcan�ada nos �ltimos anos, que foi 2%, e bem inferior ao crescimento registrado no ano passado, de 10%.
De acordo com as proje��es da Associa��o Brasileira de Embalagens (Abre), o faturamento pode alcan�ar R$ 45,6 bilh�es, ficando acima do obtido em 2010 (R$ 41,1 bilh�es). No primeiro semestre, foram produzidas 2,98% mais embalagens do que em igual per�odo do ano passado e, nos �ltimos 12 meses, houve um aumento de 4,18%.
Na lista das ind�strias com melhor resultado, est�o a de embalagens de madeira, com alta de 15,83%, seguida pela de vidro (11,69%) e metal 4,38%. Os dados s�o do levantamento Estudo Macroecon�mico da Embalagem, apresentado hoje (17) pelo analista Salom�o Quadros, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Funda��o Getulio Vargas (FGV).
Na avalia��o do economista , “o pior momento” a ser enfrentado pelos fabricantes nacionais dever� ser o que vai at� setembro, tendo iniciado em julho, mas com uma pequena recupera��o logo em seguida. O que est� ocorrendo, segundo ele,
“Como a demanda n�o est� dando sinal de que vai se recompor, a �nica maneira de reduzir estoques � diminuir a produ��o”, disse Quadros. Para ele, no entanto, essa dever� ser uma fase transit�ria. Ele lembrou que, no primeiro trimestre, a ind�stria de embalagens apresentou forte crescimento (5,01%) e, no segundo, houve queda expressiva no ritmo, com 0,98%.
O motivo para esse desempenho mais fraco foi a concorr�ncia com os importados, principalmente, devido � entrada de produtos comprados da China, que chegam j� embaladas. Com a economia internacional mais desaquecida, a tend�ncia � os pa�ses venderem para mercados que continuam consumindo, mesmo que a ritmo mais lento, como � o caso do Brasil, avaliou o economista.
Quanto aos impactos dos entraves nas economias norte-americana e de alguns pa�ses da zona do euro, o economista acha prematuro fazer previs�es porque, na opini�o de Quadros, n�o existe ainda uma defini��o clara se haver� um prolongado per�odo de baixo crescimento ou at� de uma pequena recess�o.
Para a diretora da Abre, Luciana Pellegrino, as importa��es inspiram aten��o neste momento. “N�s esper�vamos que 2011 fosse um ano de acomoda��o, depois de ter atingido, em 2010, uma alta, mas, com o cen�rio da crise macroecon�mica mundial, a gente teve uma desacelera��o e � preciso ficar atento porque as importa��es, que crescem entre 25% e 30% ao ano, acabam afetando o mercado local.”