A Comiss�o Europeia, bra�o executivo da Uni�o Europeia, afirmou nesta sexta-feira que os membros da zona do euro precisam tomar cuidado para evitar uma "colateriza��o excessiva" no plano de resgate para a Gr�cia, tendo em vista o acordo entre gregos e finlandeses para que a Finl�ndia receba uma garantia pela sua participa��o no pacote.
"Ap�s as discuss�es bilaterais entre Finl�ndia e Gr�cia, os membros da zona do euro t�m de avaliar a consequ�ncia. N�s devemos evitar a introdu��o de muitas condi��es novas, colateriza��o excessiva, para termos uma r�pida implementa��o das decis�es (adotadas no fim de julho)", disse um porta-voz do comiss�rio europeu para assuntos econ�micos e monet�rios, Olli Rehn.
Na ter�a-feira, o governo grego anunciou que chegou a um acordo com a Finl�ndia sobre a garantia (colateral) necess�ria para assegurar a participa��o do pa�s no pacote de resgate. Segundo o acordo, a Gr�cia vai depositar cerca de 500 milh�es de euros em uma conta de cust�dia do Estado finland�s. O dinheiro seria investido em t�tulos com rating AAA durante um per�odo de 25 anos. Levando em conta o principal e os juros acumulados, a garantia grega seria igual � contribui��o da Finl�ndia para a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em ingl�s), entre 1,6 bilh�o de euros e 1,8 bilh�o de euros.
Mas o acordo gerou cr�ticas de outros membros da zona do euro, como Holanda, �ustria, Eslov�quia, Eslov�nia e Est�nia. "Cabe aos membros da zona do euro avaliar se esse acordo bilateral entre Gr�cia e Finl�ndia corresponde ao esp�rito das
Separadamente, a ministra de Finan�as da �ustria, Maria Fekter, enviou aos seus colegas ministros da zona do euro uma alternativa para o acordo entre gregos e finlandeses. Segundo o plano austr�aco, outros membros do bloco tamb�m teriam direitos a colaterais. Os c�lculos levariam em conta a participa��o dos bancos privados de cada pa�s no novo pacote para a Gr�cia. "Eu sei que se todos exigirem colaterais, ent�o o pacote de resgate n�o poder� ser financiado. � por isso que eu propus que n�s combinemos o envolvimento do setor privado e a prote��o via colateral", afirmou, segundo a Reuters.
A Gr�cia, do seu lado, defendeu o acordo com a Finl�ndia. O ministro de Finan�as grego, Evangelos Venizelos, disse que o acordo foi sancionado pelos l�deres europeus no dia 21 de julho, quando foi aprovado o pacote de 109 bilh�es de euros para a Gr�cia. Segundo ele, naquela ocasi�o os dois pa�ses foram instru�dos a elaborar um acordo para garantir a participa��o dos finlandeses no pacote. "Em linha com essa decis�o, n�s fomos obrigados a realizar negocia��es com a Finl�ndia para ver se, em um n�vel bilateral, n�s poder�amos atender as demandas finlandesas, sem criar problemas para o pacote de resgate", comentou.
Mas Venizelos indicou que se outros pa�ses levantarem obje��es ao acordo, os l�deres da UE ter�o de decidir sobre o assunto em conjunto. Segundo ele, o processo de implementa��o das decis�es adotadas pela c�pula da UE em julho, que incluem novos poderes para a EFSF que exigem aprova��o dos Parlamentos de cada pa�s, deve ser conclu�do na primeira ou segunda semana de outubro.