O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estrat�gicos (SAE) da Presid�ncia da Rep�blica, Moreira Franco, disse nesta segunda-feira que o governo federal deve lan�ar at� o fim deste ano um conjunto de medidas para impedir que a chamada nova classe m�dia retorne � situa��o de pobreza. A preocupa��o do Pal�cio do Planalto, segundo o ministro, � de que o atual cen�rio de crise econ�mica global afete a renda desse estrato da popula��o, cujo crescimento na pir�mide social foi um dos carros-chefe da campanha da presidente Dilma Rousseff no ano passado.
"A preocupa��o � preventiva, os n�meros ainda n�o indicam altera��o. Mas como a situa��o econ�mica � muito delicada, n�s estamos formulando pol�ticas para enfrentar esse problema", afirmou o ministro, ap�s participar de assinatura de acordo, com o Instituto Unibanco, de coopera��o t�cnica na �rea da educa��o. "O objetivo � ter uma esp�cie de 'trava' para impedir que esses brasileiros voltem � situa��o de pobreza anterior", disse.
O ministro informou que as novas medidas est�o sendo formuladas em conjunto com os minist�rios da Fazenda, Trabalho e
A expectativa � de que haja uma amplia��o dos benef�cios j� existentes, como qualifica��o profissional, sal�rio fam�lia e abono salarial do PIS/PASEP. "N�s temos de come�ar a criar mecanismos para apoiar aquele que trabalha, estimulando a sua qualifica��o", defendeu. "E h� a vantagem complementar de melhorar tamb�m a produtividade, por meio do investimento na qualifica��o do trabalhador", ressaltou.
A chamada "nova classe m�dia", que atingiu o patamar social nos �ltimos dez anos, est� no foco eleitoral tanto do PT como do PSDB, que reconhecem que o apoio desse estrato social ser� decisivo para a disputa � sucess�o presidencial em 2014. Esse grupo representa um universo de 29 milh�es de pessoas, que fez da classe m�dia o maior grupo social do pa�s, com um total de 94 milh�es de pessoas, ou seja, 51% da popula��o brasileira.
O debate em torno da relev�ncia dessa classe social ganhou for�a em artigo escrito, no in�cio deste ano, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que refor�ou a condi��o desse grupo como objeto de desejo do mundo pol�tico.