Trabalhadores da GM falam em greve no interior de SP

Em S�o Jos� dos Campos, a 120 quil�metros de S�o Paulo, a dire��o do Sindicato dos Metal�rgicos convocou os trabalhadores da General Motors para uma reuni�o na tarde da �ltima segunda-feira para discutir estrat�gias e se contrapor � proposta da empresa, de zero de aumento nos sal�rios e quebra de algumas cl�usulas sociais acordadas em anos anteriores.

Os trabalhadores decidiram intensificar a mobiliza��o e podem atrasar a produ��o nesta semana, com a realiza��o de assembleias mais longas. Eles tamb�m apontam para a possibilidade de greve na primeira quinzena de setembro, data-base da categoria, caso persista o impasse. “A proposta da GM � uma provoca��o � categoria. N�o vamos nem coloc�-la � aprecia��o dos trabalhadores”, disse Luiz Carlos Prates, o Mancha, secret�rio executivo da CCS/Conlutas, central � qual est� filiado o sindicato.

Contraria � proposta das demais montadoras, aprovada na manh� de domingo em Taubat�, no ABC e em S�o Carlos, que prev� aumento real de 2,25%, mais reposi��o da infla��o de 7,26%, com piso de R$ 1,5 mil, e aumento da licen�a maternidade de 120 para 180 dias, a GM alega problemas com a crise e a necessidade de manter a competitividade para negar o aumento real aos trabalhadores.

Na semana passada, a dire��o da General Motors enviou ao Sindicato um documento que chamou de Pauta Empresarial para a Campanha Salarial, com 25 itens. Entre eles, oferta de aumento real zero para os sal�rios, congelamento do piso e o fim da garantia de estabilidade para portadores de doen�as profissionais. O acordo feito pelos sindicatos filiados � Central �nica dos Trabalhadores (CUT) foi criticado por Mancha. “Eles se precipitaram e fizeram um acordo pior que no ano passado.” Novas negocia��es est�o marcadas para esta semana.