Embora minorit�rias, as empresas consideradas empreendedoras mostraram-se de grande import�ncia para a gera��o de empregos no Pa�s, segundo o levantamento Estat�sticas do Empreendedorismo, referente a 2008, divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). As 30.954 empresas brasileiras de alto crescimento foram respons�veis pela gera��o de 2,9 milh�es de novos postos de trabalho entre 2005 e 2008, 57,4% das 4,9 milh�es de vagas formais criadas no per�odo.
O levantamento considera como empresas empreendedoras, ou de alto crescimento, as que t�m 10 ou mais pessoas ocupadas no ano inicial de observa��o e apresentam expans�o m�dia do pessoal ocupado assalariado maior de 20% ou mais ao ano, por um per�odo de tr�s anos, de acordo com os crit�rios da Organiza��o para Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE).
Em 2008, das 371.610 empresas brasileiras ativas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas, apenas 8,3% puderam ser classificadas como empresas de alto crescimento, sendo 12.359 delas consideradas empresas gazelas, ou seja, com at� cinco anos de idade no ano inicial de observa��o.
Apesar de pequeno, o porcentual coloca o Brasil entre os pa�ses com mais alto n�vel de empresas com caracter�sticas empreendedoras, segundo um ranking da OCDE, publicado em 2009. Apenas Bulg�ria, Let�nia e Eslov�quia tinham taxas de empresas de alto crescimento maiores que o Brasil, que estava no mesmo n�vel de pa�ses como Estados Unidos e Israel.
Regi�es
A import�ncia dessas empresas em termos de gera��o de emprego � sentida, sobretudo, na Regi�o Norte, onde 19,9% da for�a de trabalho assalariada, ou um em cada cinco empregados formais, estavam nas companhias empreendedoras. O mesmo foi verificado no Nordeste, onde o porcentual da massa assalariada nas companhias empreendedoras ficou em 18,4%.
"O Norte e o Nordeste est�o crescendo muito, e essa participa��o das empresas empreendedoras no emprego assalariado mostra o papel delas no desenvolvimento da regi�o", contou Santos.
Entre os Estados, as empresas de alto crescimento do Maranh�o s�o as que t�m maior peso no mercado de trabalho: 25,3% dos trabalhadores assalariados maranhenses, um em cada quatro, estavam em empresas empreendedoras em 2008. Roraima aparece em segundo lugar, com um porcentual de 22,7%.
"No ranking de Estados com maior import�ncia das empresas de alto crescimento no mercado de trabalho, do primeiro ao 9º lugar s� apareceram Estados do Norte e Nordeste. S�o Paulo ocupou a d�cima posi��o", ressaltou o t�cnico do IBGE.
O Sudeste teve a maior participa��o (53,6%) na distribui��o das empresas de alto crescimento brasileiras, seguido pela Regi�o Sul (19,6%) e pelo Nordeste (14,8%). O Sudeste lidera tamb�m na propor��o de pessoal ocupado assalariado nas empresas empreendedoras do Pa�s (56,1%), seguido, nesse caso, pelo Nordeste (16,4%) e pelo Sul (16,2%).
"A invers�o de papeis entre o Sul e Nordeste, com o segundo tomando a frente do primeiro na ocupa��o nas empresas empreendedoras, mostra um movimento interessante: o Nordeste se desenvolvendo", disse a t�cnica do IBGE Denise Guichard, tamb�m respons�vel pelo estudo.
Mais da metade das empresas de alto crescimento contabilizadas no estudo, 51,6%, eram de pequeno porte (com de 10 a 49 pessoas ocupadas), 39,0% eram m�dias (de 50 a 249 pessoas) e 9,3% eram grandes (250 ou mais pessoas).
Setores
As empresas empreendedoras aparecem espalhadas em todos os setores, ainda que sua distribui��o n�o ocorra de maneira uniforme. O setor da Constru��o Civil figura como a principal atividade, com 2,9% de empresas de alto crescimento, seguido da Ind�stria (2,1%), Servi�os (0,7%) e Com�rcio (0,4%). Os demais setores, juntos, registraram 0,9% de taxa de empresas de alto crescimento.
As empresas de alto crescimento tamb�m t�m um peso maior dentro da Constru��o Civil, onde representam 15,9% do total de empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas, muito acima da m�dia total (8 3%). Ainda na Constru��o, 37,0% da receita l�quida concentra-se nas empresas de alto crescimento. Nos Servi�os, esse porcentual � de 22,4%; na Ind�stria, de 18,4%; e no Com�rcio, de 14,4%.