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Estado de Minas

Governo se esfor�a para negar press�o pol�tica na queda da Selic

Depois de decis�o surpreendente do Copom de reduzir juros, Planalto se empenha para reafirmar a independ�ncia do BC


postado em 01/09/2011 23:59

Como era mais ou menos consensual que o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), antes de baixar a taxa Selic, estabilizaria o �ndice, a decis�o do �rg�o do BC de reduzir a taxa b�sica de juros em 0,5 ponto percentual gerou no mercado a suspeita de que a motiva��o para a decis�o tenha sido mais pol�tica do que econ�mica. Tecnicamente, os crit�rios s�o discut�veis, segundo o professor do Ibmec Eduardo Coutinho: “O impacto imediato da decis�o � na credibilidade do BC”.

“A decis�o de reduzir a taxa, com justificativa t�o incerta quanto o cen�rio internacional, coloca no m�nimo uma interroga��o sobre a autonomia do BC”, critica o professor, acrescentando que n�o disp�e de elementos para afirmar que a motiva��o tenha sido essencialmente pol�tica, mas que o mercado dir�. Uma das possibilidades, caso a hip�tese de decis�o precipitada se confirme, � de que haja repique da infla��o, que os pre�os, por um momento, saiam do controle. “N�o podemos assegurar que � o que vai acontecer, mas essa � uma possibilidade”, diz o professor.

O Planalto apressou-se em negar que tenha pressionado o Copom. Mesmo depois de defender a queda dos juros na ter�a-feira ao dizer que a eleva��o do super�vit prim�rio pelo governo federal criava condi��es para que a taxa baixasse, a presidente declarou que o BC tem autonomia. “Desde o governo do ex-presidente Lula, e at� anteriormente a ele, optou-se por uma rela��o entre o governo e o Banco Central de autonomia. Acredito que a situa��o internacional mudou o sentido do que estava acontecendo, porque vimos tr�s aumentos de taxas de juros no in�cio do nosso governo”, disse Dilma, em Belo Horizonte. “O Copom fala pelo Copom, eu falo em nome do governo federal”, acrescentou a presidente ao avaliar que a crise ser� longa, mas que o Brasil est� forte para enfrent�-la.

Em Bras�lia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, recha�ou a avalia��o de que o Copom sofreu press�o pol�tica para cortar a taxa b�sica de juros. O ministro classificou de “bobagem” as cr�ticas de que o Copom teria sofrido press�o pol�tica para baixar a taxa Selic em meio ponto percentual. “O Copom n�o sofre press�o pol�tica e tem autonomia”, afirmou, ao deixar o pr�dio do Minist�rio da Fazenda, em Bras�lia. “O que eles (BC) fizeram � muito positivo e o que vale � a avalia��o deles. � melhor esperar a ata do Copom, em que eles explicam aquilo que foi feito”, disse Mantega.

Mercado reage O corte nos juros rebateu imediatamente no mercado financeiro. A Bolsa de Valores de S�o Paulo (Bovespa) subiu 2,87%, no quinto preg�o consecutivo de alta,nessa quinta-feira . O volume financeiro atingiu R$ 9,58 bilh�es, acima da m�dia di�ria de 2011. A Bovespa fechou aos 58.118 pontos. As proje��es para a taxa de juros tamb�m foram revistas, nessa quinta-feira. O Bank of America Merrill Lynch e o Ita� Unibanco estimavam queda da Selic a 11% no fim de 2011. O Credit Suisse foi al�m, prevendo corte a 8,5% j� em janeiro. O �ndice do setor imobili�rio teve alta de 6,2%, e o do setor financeiro 5,82%. S�o justamente os primeiros a colher os frutos da decis�o do Copom: o custo menor do cr�dito favorece os neg�cios de varejistas, bancos e construtoras, a princ�pio. (Com ag�ncias)


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