Os bancos comunit�rios ganham for�a no Rio, com a inaugura��o de tr�s ag�ncias nesta semana. Depois da abertura, ter�a-feira, de uma ag�ncia no bairro do Prevent�rio, em Niter�i, e de outra nessa quarta-feira, no bairro de Saracuruna, em Duque de Caxias, nesta quinta-feira ser� inaugurada uma unidade na Cidade de Deus, na zona oeste da capital.
Os bancos comunit�rios se diferenciam das institui��es financeiras tradicionais por n�o visarem ao lucro nas opera��es, embora tenham estrutura e pr�ticas semelhantes, precisando inclusive de registro no Banco Central para funcionar. O principal objetivo � fortalecer o com�rcio e a comunidade onde se localizam, por meio de empr�stimos com juros baixos, quando se trata de dinheiro real, ou at� a juro zero, quando a opera��o for feita nas moedas sociais, que s� t�m valor no bairro.
No Prevent�rio, o dinheiro se chama Prev�, em Saracuruna, Saracura, e na Cidade de Deus, os pagamentos poder�o ser feitos com o CDD. Nos dois primeiros casos, a implanta��o do projeto contou com t�cnicos da Universidade Federal Fluminense (UFF) e dinheiro aportado pela concession�ria de energia Ampla, em um total de R$ 1 milh�o.
O projeto da UFF foi desenvolvido pela Incubadora de Empreendimentos em Economia Solid�ria, coordenada pela soci�loga B�rbara Fran�a. “N�s adaptamos a experi�ncia do Banco Palmas, que come�ou h� 13 anos em Fortaleza. Os bancos comunit�rios s�o inovadores porque v�o gerar trabalho e renda com o desenvolvimento local, sob o protagonismo dos
A ideia � incentivar o pagamento no com�rcio local com a moeda social, por meio da concess�o de desconto de 10% nas compras. Para investimentos produtivos, podem ser feitos empr�stimos de at� R$ 800 em dinheiro real, que dever�o ser pagos em at� seis meses, a juros de 2,5%. Se o objetivo for o consumo com o dinheiro social, o juro � zero, mas o prazo de devolu��o � um m�s.
Segundo a soci�loga, embora n�o haja restri��o imediata, se o nome do tomador estiver no Sistema de Prote��o ao Cr�dito (SPC), � feita uma avalia��o com a vizinhan�a, que dar� testemunho sobre a fama de bom pagador do cliente. Para combater a inadimpl�ncia, que costuma ficar entre 2% e 5%, � feito um trabalho de conscientiza��o na comunidade.
Para a empresa Ampla, o dinheiro investido no projeto dar� retorno por meio de forma��o de renda e desenvolvimento local e tamb�m com o impulso econ�mico do bairro, o que poder� se traduzir em maior consumo de energia. A respons�vel pelo setor de projetos sociais da empresa, Gislene Rodrigues, ressaltou que o principal ganho � o fortalecimento da organiza��o comunit�ria.
“� um projeto piloto, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da popula��o local, por meio da economia solid�ria. A gera��o de renda � uma demanda que vem muito forte. O banco comunit�rio potencializa isso, pois trabalha com cr�dito produtivo e cr�dito de consumo, o que aumenta o empreendedorismo na comunidade”, disse Gislene.
No estado do Rio, a primeira experi�ncia de banco comunit�rio foi no munic�pio de Silva Jardim, onde circula a moeda social Capivari. No Brasil, j� s�o 63 bancos comunit�rios operando com microcr�dito. Informa��es sobre as experi�ncias na �rea podem ser acessadas no endere�o www.bancocomunitario.com.