O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, negou nesta ter�a-feira que haja diverg�ncias entre a institui��o monet�ria e o Minist�rio da Fazenda em torno da taxa��o com Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) das opera��es com derivativos cambiais. Segundo ele, a taxa��o "est� indo bem e funcionando".
"N�o h� diverg�ncia entre o Banco Central e o Minist�rio da Fazenda sobre esse tema. A medida sobre derivativos foi muito importante para que o Pa�s chegasse nesse momento de maior volatilidade no mercado internacional com menos apostas contra o d�lar, o que tornaria as coisas mais dif�ceis nesse momento", disse o presidente do BC, numa r�pida entrevista ap�s participar de audi�ncia p�blica no Senado.
Segundo ele, essa � uma medida centrada e importante, que contou com o apoio do BC. "Participamos dessa medida sobre um enfoque macroecon�mico de estabilidade da economia. A medida est� indo bem e est� funcionando", afirmou.
O presidente disse que est� no mesmo "barco" do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que hoje negou que v� retirar a taxa��o. "O ministro (Mantega) j� disse as inten��es sobre essa medida e estamos no mesmo barco sobre esse assunto", afirmou Tombini.
D�ficit
Mais cedo, durante audi�ncia no Senado, Tombini ressaltou que, apesar da piora do cen�rio internacional, as contas externas brasileiras seguem com condi��es de financiamento integral. "Ainda visualizamos folga na capacidade do Pa�s de cobrir o d�ficit em conta corrente", disse. Na audi�ncia, ele explicou que o BC prev� ingresso de US$ 60 bilh�es em Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2011.
O ingresso de investimento direto dever� ser mais que suficiente para cobrir o d�ficit em transa��es correntes que, segundo Tombini, deve ficar em torno de US$ 53 bilh�es. H� alguns dias, o BC divulgou previs�o de d�ficit de US$ 54 bilh�es em transa��es correntes.
Ainda sobre as proje��es oficiais para a economia brasileira nos pr�ximos meses, Tombini disse que espera desacelera��o. "A economia vem desacelerando e n�o h� uma parada ponderada pela frente", disse durante a audi�ncia p�blica. Um dos exemplos foi o mercado de trabalho. Segundo o presidente do BC, esse indicador "perde um pouco o dinamismo", mas a institui��o n�o antev� problemas mais graves.