Para o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, a crise global � um "cen�rio desafiador" para o Brasil, que est� bem preparado para enfrentar eventuais agravamentos do cen�rio mundial. Ele afirmou que analistas internacionais t�m apontado que a zona do euro pode enfrentar queda do seu Produto Interno Bruto (PIB) no �ltimo trimestre deste ano e que o mesmo fen�meno poder� tamb�m ocorrer com os Estados Unidos nos primeiros tr�s meses de 2012.
"Estamos atentos ao cen�rio internacional", comentou o presidente do BC, na abertura do 22º Congresso Nacional de Executivos de Finan�as, na capital do Paran�. "Estamos em sintonia com a presidente Dilma e colegas como o ministro Guido (Mantega, da Fazenda)",acrescentou ele, refor�ando a coes�o da equipe econ�mica em torno das diretrizes da presidente da Rep�blica.
Fundo europeu
Alexandre Tombini tamb�m se mostrou satisfeito hoje, com a permiss�o do parlamento alem�o do aumento do volume da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em ingl�s). "� boa a not�cia de aprova��o na Alemanha. Isso pode permitir nova etapa para a Europa atacar a crise", comentou.
Segundo Tombini, a mudan�a da previs�o de analistas sobre o crescimento dos EUA para 2011, de 2,5% para 1,6%, foi um fator que influenciou a decis�o do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) de postergar por um ano as condi��es extremamente acomodat�cias da pol�tica monet�ria, para meados de 2013.
A taxa de juros de curto prazo daquele pa�s varia de 0% a 0,125% e, al�m disso, o Fed tem adotado outros instrumentos como a pol�tica de afrouxamento quantitativo, como a emiss�o total de US$ 2,3 trilh�es na economia. Mais recentemente o banco central norte-americano anunciou que vai empregar US$ 400 bilh�es para a venda de t�tulos p�blicos de longo prazo, dando em troca pap�is de vencimentos mais curtos, cujo objetivo � baixar a curva de juros num horizonte bem mais amplo do que um ano.