A crise na Europa n�o afetou as opera��es dos bancos somente na regi�o. Algumas institui��es europeias est�o com baixa capitaliza��o tamb�m nas subsidi�rias brasileiras, o que as impede de crescer na oferta de cr�dito. O franc�s Soci�t� Generale, o portugu�s Banif, o italiano Fides e, em menor escala o ingl�s HSBC est�o com n�veis de capital pr�ximo ao m�nimo exigido pelo Banco Central do Brasil.
A baixa capitaliza��o decorre do crescimento das pr�prias opera��es dos bancos no Pa�s, principalmente da carteira de cr�dito, somada ao alto custo de capta��o no Brasil. Os bancos estrangeiros, quando precisavam de recursos, recorrerem �s matrizes l� fora. O problema, desta vez, � que as pr�prias matrizes est�o precisando de dinheiro.
Entre os bancos estrangeiros operando no Brasil, o caso mais urgente de necessidade de capitaliza��o � o do portugu�s Banif, que tem Basileia de apenas 10,4% de acordo com dados de junho do BC. De Lisboa, o executivo respons�vel pela comunica��o institucional do Banif, Nuno da Rocha Correia, falou � Ag�ncia Estado e informou que a situa��o ser� revertida.
O banco est� fazendo um aumento de capital no Brasil de R$ 30 milh�es e os dados referentes ao terceiro trimestre j� v�o mostrar um �ndice de Basileia maior, destaca o executivo.
J� o franc�s Soci�t� Generale, al�m de ter aqui um �ndice de Basileia apertado, de 11,1%, teve preju�zo no Brasil de R$ 317 milh�es no primeiro semestre e, na Fran�a, teve o rating rebaixado por ag�ncias de classifica��o de risco. As a��es est�o caindo na Bolsa de Paris, acumulando perda de 55% no ano, por conta da baixa capitaliza��o do banco, que tem t�tulos do governo grego na carteira. No Brasil, o Soci�t� comprou em 2007 o banco Cacique, focado em cr�dito consignado e cr�dito pessoal. � um tipo de opera��o que, para crescer r�pido, exige Basileia alto. Procurado pela Ag�ncia Estado, o banco preferiu n�o se pronunciar.
No Fides, que � controlado pela matriz da Fiat na It�lia, o �ndice de Basileia no Brasil teve queda r�pida nos �ltimos meses em raz�o da nova estrat�gia do banco. A unidade brasileira da montadora italiana vendeu a carteira de cr�dito ao varejo para o Ita� em 2003. Pelo acordo feito na �poca, n�o podia operar no financiamento de pessoa f�sica em sua rede Fiat at� 2013. Por isso, o Fides financiava apenas as opera��es das concession�rias. Mais recentemente, passou a financiar as vendas da Iveco, que fabrica caminh�es, e da marca Chrysler. A opera��o cresceu r�pido e o Basileia passou da casa dos 14% para 13% nos �ltimos dois anos e no fechamento do balan�o do segundo trimestre estava em 11%. Procurado pela AE, o banco n�o se pronunciou.
Com um �ndice de Basileia um pouco mais folgado, de 12,8%, o HSBC ainda est� abaixo de seus concorrentes, como Santander, Ita� e Bradesco, e prev� uma nova capitaliza��o. Na avalia��o de Jo�o Augusto Salles, analista de bancos da consultoria Lopes Filho, com o n�vel atual de capitaliza��o o HSBC n�o conseguiria manter suas altas taxas de expans�o do cr�dito por muito tempo.
Por meio de nota, o HSBC informa que considera seu �ndice de Basileia adequado e que seu novo presidente mundial, Stuart Gulliver, veio ao Brasil na semana passada e anunciou ao comit� executivo que haver� uma capitaliza��o da subsidi�ria no Brasil at� o final do primeiro trimestre de 2012.