A recente alta do d�lar e a �ltima redu��o da taxa b�sica de juros (Selic) pelo Banco Central (BC) em 0,5 ponto porcentual n�o foram suficientes para mudar o cen�rio de perda de mercado da ind�stria de m�quinas e equipamentos. A opini�o � do chefe de gabinete da presid�ncia da Associa��o Brasileira da Ind�stria de M�quinas e Equipamentos (Abimaq), Lourival Franklin J�nior, que acredita que o d�lar perto dos R$ 2,10 daria condi��es mais competitivas � ind�stria nacional. Al�m disso, afirmou, a Abimaq est� c�tica quanto � redu��o da Selic para um d�gito em 2012.
De acordo com Franklin J�nior, mesmo com a Selic abaixo de 10%, o Brasil ter� um dos maiores juros do mundo. "O Banco Central, apesar desta �ltima redu��o (em agosto) � conservador. N�o sei se teremos essa taxa de um d�gito em 2012", afirmou. No entanto, ele disse esperar que o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) seja mais ousado na reuni�o deste m�s e que corte a taxa b�sica em um ponto porcentual, para 11% ao ano. Ele afirmou ainda que a queda da Selic ter� como consequ�ncia a diminui��o do capital especulativo que entra no Pa�s e, junto com ajustes fiscais promovidos pelo governo, a tend�ncia � de uma alta natural do d�lar.
Franklin J�nior contou que a Abimaq busca junto ao governo federal outras a��es para fortalecer a ind�stria nacional, como a desonera��o da folha de pagamentos e medidas protecionistas. "O mercado interno brasileiro talvez seja o �ltimo peru gordo do mundo", disse, em rela��o � invas�o de
Franklin J�nior disse ainda que a entidade negocia com o governo prote��o para 60 produtos nacionais contra a concorr�ncia externa dentro do mercado brasileiro. Segundo ele, a entidade identificou ao todo 814 produtos nacionais do setor que enfrentam perda de competitividade. Ele, por�m, se recusou a informar que a��es est�o sendo negociadas, mas disse que dentro de dez dias ter� novidades para anunciar.
Os dados divulgados hoje pela Abimaq mostram que o setor aumentou seu faturamento em 9,1% em agosto ante o mesmo m�s do ano passado. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) informou ontem que a produ��o de bens de capital (m�quinas e equipamentos) cresceu 8,6% na mesma base de compara��o. Apesar desses n�meros, a Abimaq insiste que h� no Brasil um processo de desindustrializa��o. Segundo Franklin J�nior, 2010 � uma "base fraca" de compara��o e que nestes n�meros est�o presentes uma grande quantidade de componentes e m�quinas prontas importadas. "Se tivesse realmente ocorrendo forma��o bruta de capital fixo a gente teria que estar crescendo acima de 10%", concluiu.