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Estado de Minas

Queijo Minas Artesanal do Serro tem Indica��o Geogr�fica reconhecida


postado em 06/10/2011 15:11 / atualizado em 06/10/2011 15:13

Produtores do queijo Minas Artesanal do Serro, atendidos pela Empresa de Assist�ncia T�cnica e Extens�o Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), contam a partir de agora com mais uma ferramenta para garantir qualidade, prote��o, tradi��o e valor ao produto da regi�o, que engloba 11 munic�pios. O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) acaba de aprovar a Indica��o Geogr�fica (IG) para o tipo de queijo artesanal fabricado nesta �rea do Estado. O reconhecimento, da esp�cie Indica��o de Proced�ncia (IP), j� foi publicado na �ltima Revista da Propriedade Industrial, �rg�o oficial do INPI.

De acordo com o instituto, vinculado ao Minist�rio de Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, a IG permite a identifica��o de um produto ou servi�o como origin�rio de um local, regi�o ou pa�s, quando determinada reputa��o, caracter�stica e/ou qualidade possam ser vinculadas � origem particular. Em suma, � uma garantia

(foto: Agência Minas)
(foto: Ag�ncia Minas)
quanto a origem de um produto e/ou suas qualidades e caracter�sticas regionais. A do tipo IP � caracterizada por ser o nome geogr�fico conhecido pela produ��o, extra��o ou fabrica��o de determinado produto, ou pela presta��o de dado servi�o, de forma a possibilitar a agrega��o de valor quando indicada a sua origem, independente de outras caracter�sticas.

Segundo o presidente da Associa��o dos Produtores Artesanais do Queijo Serro (Apaqs), Jorge Brand�o, entidade que representa 80 produtores de queijo associados, a IG � um instrumento de base legal para combater o que chama de pirataria do queijo. “Vamos poder provar qual � o verdadeiro queijo artesanal do Serro. Ser� uma forma de mostrar que este � um produto fabricado conforme um caderno de normas. Tamb�m ser� um jeito de preservar essa cultura da regi�o”, argumenta.

Para Brand�o, o consumidor tamb�m ter� muito a ganhar com a Indica��o Geogr�fica. “Isso nos traz mais responsabilidade com a qualidade de produ��o, pois quanto mais renomado um produto, menos erro podemos cometer com ele. Acredito que o consumidor vai preferir um queijo que est� sob responsabilidade maior”, prev�.

O presidente da Apaqs descartou um eventual aumento no pre�o do queijo para o consumidor final, em decorr�ncia da nova certifica��o, mas admitiu que, “os produtores n�o v�m disputando mercado com o pre�o compat�vel a um produto diferenciado”. No munic�pio do Serro, segundo Jorge Brand�o, os associados vendem o queijo para a cooperativa local, que mant�m um entreposto “Aqui o queijo est� em torno de R$ 9 o quilo. A cooperativa paga esse valor para os produtores e mant�m esse pre�o, mesmo no per�odo chuvoso, de entressafra. Em outras cidades os produtores recebem de R$ 7 a R$ 8 por quilo”, acrescenta.

Para o l�der dos produtores artesanais do queijo do Serro, a conquista da IG tamb�m dever� estimular a discuss�o entre �rg�os p�blicos, produtores e representantes da cadeia de produ��o, em torno de uma demanda do segmento, que deseja comercializar tamb�m o produto em outros Estados, mas ainda encontra dificuldades para se enquadrar nas exig�ncias do Sistema de Inspe��o Federal (SIF). “Nas quest�es da higiene, n�o discutimos, pois somos totalmente favor�veis, mas precisamos de uma pol�tica federal para o queijo ser conhecido na mesa do consumidor brasileiro, tendo em vista que envolve uma atividade nas m�os de 80% da agricultura familiar e isso � um problema social. Acredito que a conquista da IG � um grande passo para discutirmos isso e chegarmos a um denominador comum”, pontua.

Ainda de acordo Jorge Brand�o, a iniciativa do processo de IG partiu da Apaqs h� quatro anos e que o pr�ximo passo ser� pagar uma taxa para receber a certifica��o do INPI. “O selo ser� da associa��o, que est� trabalhando para colocar em pr�tica o fornecimento deste selo para aderir � embalagem do produto”, informa.

O extensionista do escrit�rio da Emater-MG de Serro, Carlos Frederico Caldeira , que fez o trabalho de organiza��o dos produtores de queijo locais, explica que a iniciativa significa uma garantia de marca. “Fica garantido o nome de queijo do Serro, que � um tipo artesanal, ligeiramente mais �cido e menor que o da Canastra. E isso agrega valor, pois o consumidor ter� como diferenciar o queijo leg�timo do falsificado”, diz.

Cinco regi�es tradicionais

O queijo artesanal do Serro � o 14º produto brasileiro reconhecido pela IG, um dos servi�os do INPI. Al�m do Serro, o queijo minas artesanal � produzido em outras quatro regi�es demarcadas pelo Programa Queijo Minas Artesanal: Cerrado, Arax�, Campos das Vertentes e Canastra. Esta �ltima, segundo Albany Arcega, tamb�m iniciou processo junto ao INPI para obter o reconhecimento de IG, e aguarda posicionamento do �rg�o federal para novembro pr�ximo.

Em todo o Estado, existem cerca de 30 mil produtores de queijo Minas Artesanal. Destes, aproximadamente 10 mil est�o nas regi�es caracterizadas como tradicionais produtoras. A Emater-MG incentiva o cadastramento das queijarias no Instituto Mineiro de Agropecu�ria (IMA). O cadastramento � a comprova��o oficial das boas qualidades do queijo, no aspecto sanit�rio, uma vez que traz seguran�a alimentar ao consumidor. Tamb�m abre portas de novos mercados para o produto. No momento, existem 187 propriedades mineiras cadastradas no IMA. Destas, 97 s�o de produtores da regi�o do Serro.

Levantamento de 2002 da Emater-MG, acrescido de estudo deste ano de 2011, aponta que, a regi�o do Serro tem 1.101 produtores produzindo 3.250 toneladas por ano do queijo minas artesanal. A atividade gera 2.290 empregos e ocupa uma �rea de 7.302 quil�metros quadrados.


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