Infla��o para fam�lias de baixa renda quase dobra em setembro

A infla��o percebida por fam�lias de baixa renda quase dobrou em setembro. � o que mostra o �ndice de Pre�os ao Consumidor - Classe 1 - (IPC-C1), apurado entre fam�lias com renda mensal entre 1 e 2,5 sal�rios m�nimos. Segundo informou hoje a Funda��o Get�lio Vargas (FGV), o �ndice mostrou alta de 0,55% em setembro ap�s subir 0,33% em agosto. Com este resultado, o �ndice acumula altas de 4,30% no ano e de 7,45% em 12 meses.

A taxa do IPC-C1 em setembro ficou acima da varia��o m�dia de pre�os entre fam�lias mais ricas, com renda mensal entre um e 33 sal�rios m�nimos, medida pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), e que subiu 0,50% no mesmo m�s. Na infla��o acumulada no ano, o IPC-C1 ficou abaixo do IPC-BR para o mesmo per�odo (4,69%). Mas no acumulado em 12 meses at� setembro, o IPC-C1 subiu de forma mais intensa do que o IPC-BR (7,14%).

Quatro das sete classes de despesa usadas para c�lculo do �ndice tiveram acr�scimos em suas taxas de varia��o de pre�os, de agosto para setembro. � o caso de Habita��o (de 0,43% para 0 89%), Alimenta��o (de 0,52% para 0,58%), Vestu�rio (de -0,66% para 1,22%) e Despesas Diversas (de 0,11% para 0,16%). Isso porque houve acelera��o de pre�os; fim de queda de pre�os; ou defla��o mais fraca em produtos de peso no c�lculo da infla��o em cada um destes grupos. � o caso de g�s de botij�o (de 0,03% para 1,49%), hortali�as e legumes (de -6,34% para -4,56%), roupas (de -0,52% para 1,47%) e alimento para animais dom�sticos (de -0,44% para 0,38%), respectivamente.

Em contrapartida, houve desacelera��o de pre�os em Sa�de e Cuidados Pessoais (de 0,46% para 0,04%) e Educa��o, Leitura e Recrea��o (de 0,01% para 0,00%). J� o grupo Transportes permaneceu em estabilidade (0,0%) pelo segundo m�s consecutivo.

Entre os produtos pesquisados, as mais expressivas eleva��es de pre�os foram detectadas em lim�o (26,36%); leite tipo longa vida (3,81%); e aluguel residencial (0,91%). J� as mais expressivas quedas foram registradas em alho (-18,40%); tomate (-9,39%); e cebola (-10,78%).