A infla��o medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou setembro com alta de 0,53%. No per�odo, os pre�os dos alimentos aumentaram 0,64% e voltaram a pressionar a infla��o. O impacto do grupo foi de 0,15 ponto porcentual no �ndice, o que representa uma participa��o de 28% na taxa do IPCA em setembro, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
"O IPCA de agosto j� tinha subido bastante por causa dos alimentos. Em setembro, os alimentos continuaram em alta, continuaram puxando o resultado, mas um pouco menos que em agosto", disse Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de �ndices de Pre�os do IBGE.
V�rios produtos ficaram mais caros na passagem de agosto para setembro, com destaque para o feij�o carioca (6,14%), a��car refinado (3,82%) e cristal (3,42%), frango (2,94%) e leite (2 47%). Apesar da alta, o grupo alimenta��o e bebidas mostrou desacelera��o de agosto (0,72%) para setembro (0,64%), o que � explicado pelo menor crescimento de pre�os de determinados itens como carnes (de 1,84% para 0,99%), frutas (de 3,07% para 1,45%) e p�o franc�s (de 0,63% para 0,57%), al�m das expressivas redu��es nos pre�os do alho (de -8,96% para -16,84%), cebola (de -7,40% para -7,69%) e tomate (de -0,58% para -6,79%).
O grupo alimenta��o e bebidas (0,64%), com impacto de 0,15 ponto porcentual, somado a transportes (0,78%), tamb�m com 0,15 ponto porcentual, responderam por 0,30 ponto porcentual do IPCA de setembro, o correspondente a 57% da taxa global do m�s passado. "Esse � o maior resultado para o m�s de setembro desde 2003, quando foi de 0,78%", assinalou Eulina.
Passagens a�reas
Os pre�os das passagens a�reas impactaram a infla��o medida pelo IPCA em setembro. O item exerceu o principal impacto no m�s, com uma contribui��o de 0,09 ponto porcentual na forma��o da taxa de 0,53% do �ndice cheio, segundo o IBGE.
Para viagens em setembro, os voos dispon�veis subiram, em m�dia, 23,40% em rela��o aos disponibilizados pelas companhias a�reas para viagens em agosto, m�s em que as tarifas haviam apresentado queda de 5,95%. Como resultado, as despesas com transportes sa�ram de uma varia��o de queda de 0,11% em agosto para alta de 0,78% em setembro.
O resultado do grupo foi influenciado ainda pelos combust�veis, que passaram de queda de 0,09% em agosto para alta de 0,69% em setembro. O pre�o do litro do etanol foi de 0,30% para 3,00%, no per�odo, e o litro da gasolina subiu 0,50%, enquanto em agosto teve queda de 0,14%, na mesma base de compara��o.
Houve varia��o ainda no item conserto de autom�vel (de 1,10% para 1,23%), que se manteve em alta, al�m do seguro volunt�rio (de -0,88% para 0,86%) e autom�veis, tanto novos (de -0,37% para 0,18%) quanto usados (de -0,60% para 0,51%), com aumento de pre�os ap�s terem se apresentado em queda.