A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta sexta-feira, em Ancara, na Turquia que pa�ses emergentes fa�am uma parceria no G-20 de Cannes, em novembro, para lutar contra o que chamou de "guerra monet�ria". As declara��es foram feitas em um evento com a participa��o de 1 2 mil empres�rios dos dois pa�ses, e revela mais um ponto da estrat�gia do Brasil na reuni�o de c�pula que acontecer� na Fran�a.
A economia foi o grande tema do discurso da presidente, realizado no final da manh� desta sexta-feira, pouco antes do encontro com o presidente turco, Abdullah G�l. Dilma afirmou que os dois pa�ses s�o afetados pelas "pol�ticas monet�rias expansionistas" empreendidas pelos bancos centrais de pa�ses desenvolvidos - uma cr�tica indireta a autoridades monet�rias como o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano).
"� uma esp�cie de guerra fiscal que compromete o valor dos nossos produtos", protestou. Ent�o a chefe de Estado sugeriu uma parceria com a Turquia e os pa�ses emergentes no G-20 para que o tema
Para a presidente, a crise global resultou na modifica��o dos fluxos comerciais, uma circunst�ncia que, em sua opini�o, deve levar pa�ses emergentes, como Brasil e Turquia, a aprofundar suas trocas. "Do ponto de vista de nossos potenciais (o com�rcio bilateral) � insignificante, muito aqu�m do desejado", advertiu. Os dois pa�ses movimentaram no primeiro trimestre de 2011 US$ 1 5 bilh�o, n�mero igual ao ano de 2010 inteiro.
Essa � a segunda vez em quatro dias que Dilma d� ind�cios da estrat�gia e das prioridades do Brasil no G-20 de Cannes. Em Bruxelas, durante a reuni�o de c�pula Uni�o Europeia-Brasil, a presidente havia afirmado ser contr�ria � proposta europeia de um imposto sobre transa��es financeiras, medida defendida pela Alemanha e pela Fran�a. Dilma deixou claro tamb�m que defender� uma pol�tica mais agressiva de regula��o de fluxos internacionais de capitais, outra medida que causa impacto no c�mbio.