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Estado de Minas

Pre�os dos alimentos na Am�rica Latina sobem 40% em 4 anos


postado em 14/10/2011 16:13 / atualizado em 14/10/2011 16:18

Os pre�os dos alimentos na Am�rica Latina est�o 40% maiores que h� quatro anos, e se manter�o altos, o que coloca em risco a erradica��o da fome na regi�o, que afeta 52,5 milh�es de habitantes, alertou a FAO nesta sexta-feira.

Ap�s uma alta iniciada em 2007, o valor dos alimentos na regi�o manteve-se alto, com uma leve queda em 2009, mas come�ou novamente a se elevar a partir do segundo semestre do ano passado, para alcan�ar hoje seu maior n�vel em tr�s d�cadas.

Assim aponta o Panorama de Seguran�a Alimentar e Nutricional da Am�rica Latina 2011, elaborado pela Organiza��o das Na��es Unidas para a Alimenta��o e a Agricultura (FAO), com sede regional em Santiago.

"O valor do a��car, por exemplo, tornou-se algo imprevis�vel, como em um cassino, mas sempre para cima", afirmou o representante regional adjunto da FAO para a Am�rica Latina, Alan Bojanic, ao apresentar em coletiva de imprensa o relat�rio anual.

Enquanto a alta no pre�o dos alimentos tende a incentivar a produ��o e eventualmente a exporta��o de produtos, a incerteza em rela��o �s cota��es futuras tem o efeito contr�rio, explicou Bojanic.


Especial preocupa��o gera o alto pre�o alcan�ado pelos cereais, a principal fonte de calorias para os habitantes da regi�o, cuja m�dia aumentou 36% no �ltimo ano, impulsionado pelas altas do trigo e do milho, de 62% e 104%, respectivamente.

"A alta dos pre�os e uma maior infla��o geral podem aumentar a pobreza e reduzir o acesso aos alimentos por parte da popula��o pobre, em um momento no qual a fome afeta 52,5 milh�es de pessoas na Am�rica Latina e no Caribe", equivalente a 9% da popula��o, afirmou o representante da FAO.

"A porcentagem de pessoas com fome manteve-se est�vel em 9% nos �ltimos dois anos, ap�s um longo per�odo no qual esta rela��o teve uma queda cont�nua", alertou Bojanic.

A alta no pre�o dos alimentos est� associada a uma maior demanda no n�vel mundial, produto do crescimento acelerado da classe m�dia, sobretudo em pa�ses como China e �ndia, e a mudan�as nos h�bitos de alimenta��o com um aumento no consumo de carne e leite.

Outro fator que influi � o crescimento da popula��o mundial, com um aumento anual de mais de 80 milh�es de pessoas. Em contraste, a produ��o de alimentos cresce em um ritmo menor. Apesar de a produ��o agr�cola estar aumentando - na Am�rica Latina, por exemplo, subiu 2,5% no �ltimo ano, levemente acima da m�dia mundial (2%) - � necess�rio um maior esfor�o para aumentar a disponibilidade de alimentos, segundo a FAO.

Um dos principais riscos sobre a produ��o de alimentos s�o os biocombust�veis, cuja produ��o cresceu de forma acelerada nos �ltimos anos, alentada pelo alto pre�o do petr�leo, explicou por sua vez Fernando Soto, oficial de pol�ticas da FAO.

Segundo Soto, 35% da colheita de milho dos Estados Unidos � destinada hoje � produ��o de combust�veis. O representante da FAO alertou tamb�m que o novo n�vel de pre�os dos alimentos, "a partir de uma perspectiva de longo prazo, � um fen�meno que chegou para ficar".


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