O min�rio de ferro foi o grande destaque do IGP-10 de outubro. Segundo o economista da Funda��o Get�lio Vargas (FGV) Andr� Braz a alta de 5,23% no pre�o do produto contribuiu para a forma��o de um ter�o da infla��o do atacado, que responde por 60% do IGP-10. Na pr�tica, a taxa de crescimento do item foi impulsionada pela valoriza��o do d�lar frente ao real no final de setembro e in�cio de outubro.
Braz explicou que o min�rio n�o foi o �nico produto a subir de pre�o durante o per�odo de d�lar em alta. O efeito cambial levou ao fim a defla��o nos pre�os dos materiais para manufatura (de -0,43% para 1,46%), que s�o os insumos para a ind�stria. � o caso dos acr�scimos nas taxas de varia��o de pre�os em farelo de soja (de 2,5% para 7,55%); �leo de soja em bruto (de 0,21% para 9,02%); produtos qu�micos org�nicos (de -1,51% para 1,91%); resinas e elast�meros (de -1,23% para 3,09%); e adubos e fertilizantes (de -1,49% para 5,42%).
Mas, para o especialista, o cen�rio do IGP-10 de outubro, com o d�lar impactando de forma expressiva itens no atacado, puxando para cima a infla��o, n�o deve se sustentar em um horizonte do longo prazo. Isso porque o d�lar, na �ltima semana, come�ou a dar sinais de menor intensidade no avan�o da cota��o. "O efeito do c�mbio na infla��o foi gradativo e tende a oscilar, conforme as pr�prias varia��es cambiais do per�odo", lembrou. "A influ�ncia cambial na infla��o tende a ficar mais t�nue, se o c�mbio continuar comportado como est� Aagora", frisou.