Analistas e economistas de correntes diversas s�o un�nimes em prever que a atual crise financeira global est� longe de acabar. E n�o s�o apenas as estat�sticas e as proje��es econ�micas que apontam nessa dire��o. No c�u, mais especificamente no tr�nsito dos planetas, objeto de estudo da astrologia, tamb�m pode ser encontrada a resposta que corrobora as previs�es menos otimistas. "O mesmo c�u que regeu o per�odo da grande depress�o econ�mica advinda do crash da Bolsa de Nova York (em 1929) est� regendo o c�u na atualidade, desde a quebra do Lehman Brothers (em 2008)", diz o astr�logo Ivan Freitas.
E quem aposta em dias ainda mais vol�teis e de fortes emo��es para o mercado financeiro pode encontrar um aliado na astrologia. Segundo Freitas, a mesma quadratura que estava no c�u no dia da quebra da Bolsa de Nova York, em 29 de outubro de 1929, conhecida como "Black Tuesday", volta a se repetir, 83 anos depois: "No c�u daquela ter�a-feira de 1929, o planeta Urano, que � respons�vel pelas mudan�as dr�sticas e repentinas e move as situa��es cr�ticas, estava a 08º22' do signo de �ries, num forte aspecto astrol�gico negativo (quadratura) com o planeta Plut�o, que transforma as estruturas de poder (neste caso, o poderio econ�mico). Este foi o gatilho para a grande crise financeira e banc�ria do final dos anos 20. E exatamente no dia 23 de junho do ano que vem Urano estar� no mesmo 08º22' do signo de �ries e novamente em quadratura com Plut�o."
Ivan Freitas, que � especialista em Astrologia Mundial, disciplina que estuda a influ�ncia do tr�nsito dos planetas nos eventos hist�ricos que marcam gera��es e na��es, destaca que esse aspecto astrol�gico (de Urano e Plut�o) poder� ser ativado um pouco antes ou depois de 23 de junho de 2012. "O que � correto afirmar, do ponto de vista astrol�gico, � que essa quadratura ser� ativada, de uma forma ou de outra. Podemos dizer que � o som frio da inevitabilidade ecoando no horizonte, ou a espiral da vida, em seu intermin�vel movimento c�clico", reitera Freitas, corroborando a opini�o de economistas de que teremos ainda dias de fortes emo��es no mercado financeiro.
Escrito nas estrelas
Se o tal alinhamento dos astros ter� ou n�o poder para influenciar o mercado e a economia mundial, os economistas preferem n�o opinar. Mesmo que para eles n�o esteja escrito nas estrelas, as suas planilhas j� come�am a prever que se o crescimento econ�mico chin�s desacelerar, a crise global tende a se acirrar ainda mais. O diretor do Departamento de Pesquisas Macroecon�mica do Bradesco e especialista em China, Octavio de Barros, disse que ao contr�rio de 2008, quando a China exerceu um papel antic�clico na crise financeira internacional, ela agora, em tese, representa um fator pr�-c�clico, levando a um aprofundamento da crise global porque o pa�s tem problemas complexos de infla��o.
Mesmo acreditando na astrologia, sob o argumento de que as mar�s s�o regidas pela Lua e que o equil�brio da Terra e de tudo que est� sobre ela se d� pela altern�ncia de energias no Universo, o s�cio-diretor da Global Financial Advisor, Miguel Daoud, n�o sabe precisar a influ�ncia dos astros nos mercados. De qualquer forma, Daoud, que � outro especialista em China, lembra que o desaquecimento previsto para a economia chinesa j� est� provocando a queda no pre�o do min�rio de ferro. "A nossa maior exportadora, a Vale, est� alterando a pol�tica de pre�os. Isso mostra que o Brasil vai ser atingido via c�mbio e que o resto do mundo sentir� o baque da desacelera��o do gigante asi�tico."
Para o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Lu�s Ot�vio de Souza Leal, uma desacelera��o no PIB da China de 9% para algo em torno de 6% a 7% (conforme algumas previs�es) poderia afetar n�o apenas a Europa, mas tamb�m o Brasil, pelo fato do pa�s asi�tico ser o maior importador mundial de commodities do Brasil. Ainda de acordo com Souza Leal, h� um fator que pouca gente est� comentando, mas que poder� afetar o cen�rio interno daquele pa�s que � a mudan�a no comando do Partido Comunista da China, em outubro de 2012. Ele lembra que isso � o equivalente a uma mudan�a de dinastia.