O secret�rio do Tesouro Nacional, Arno Augustin, indicou ontem que o governo pode mudar a linha de condu��o da pol�tica fiscal em 2012 para evitar uma desacelera��o intensa do ritmo de crescimento econ�mico em fun��o do cen�rio de crise mundial. Segundo ele, “o efeito final da a��o governamental e da crise internacional s�o algo sempre em processo”.
Augustin disse que o governo est� preocupado em tomar medidas que permitam um crescimento equilibrado. “Ent�o, se trata de estar permanentemente atento e agindo”, afirmou. Ele destacou que a equipe econ�mica optou em 2011 por adotar uma pol�tica fiscal mais r�gida para permitir que o Banco Central pudesse reduzir a taxa b�sica de juros.
No passado, para minimizar os efeitos da crise mundial de 2008 na economia brasileira, o governo adotou uma pol�tica expansionista para permitir o aumento do cr�dito e do consumo interno e, por consequ�ncia, da economia.
Augustin n�o quis comentar a avalia��o do Banco Central, que apontou uma desacelera��o da economia maior do que era previsto. O BC projeta uma expans�o do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,5% em 2011. O Minist�rio da Fazenda j� anunciou que reduzir� a sua estimativa oficial para este ano de 4,5% para algo entre 3,5% a 4%.
“Quando se fala de perspectiva de crescimento, em geral, eu n�o acho mais relevante quem acerta mais ou menos a proje��o. Mas � no sentido de as a��es estarem corretas. Esta � a preocupa��o principal”, declarou. O secret�rio disse que, com o mundo em crise, o governo tem que se preocupar com o crescimento econ�mico, mas afirmou que o Brasil tem condi��es de enfrentar bem a crise. “Mas � claro que a gente vai sofrer. Esta � uma preocupa��o grande”, afirmou.