O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nesta ter�a-feira que o governo vai, a partir de 2013, aumentar a exig�ncia de �ndice de nacionaliza��o para a ind�stria automobil�stica. "N�o vamos ficar s� nesse programa (de aumento do IPI) para o desenvolvimento da ind�stria automobil�stica. Vamos impor um aumento do �ndice de nacionaliza��o. Mas isso � um programa que vamos discutir com a Anfavea (a Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos)", afirmou. "Queremos garantir que a ind�stria automobil�stica ser� um caso de sucesso", acrescentou.
Segundo Mantega, o Brasil vai continuar crescendo e tendo um mercado que vai viabilizar os investimentos. O ministro destacou que 2011 foi um ano de ajuste e que a crise internacional n�o est� resolvida diante da dificuldade dos pa�ses europeus em equacionar os problemas.
Voltando-se para o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, que estava ao seu lado na entrevista que o ministro deu hoje � imprensa, Mantega disse que, mesmo com as consequ�ncias da crise o Brasil vai crescer nos pr�ximos anos. "Podemos dizer isso para a ind�stria automobil�stica", afirmou. O ministro reiterou que a economia do Brasil tem condi��es de apresentar crescimento da demanda.
O ministro da Fazenda tamb�m avaliou que as montadoras est�o cumprindo os compromissos de manter empregos e reduzir pre�os, como contrapartida � eleva��o do IPI para os modelos importados com menos de 65% de �ndice de nacionaliza��o. Ele admitiu que uma f�brica do setor, de fato, anunciou um programa de demiss�o volunt�ria. "Mas a demiss�o � volunt�ria, se ele (o empregado) n�o quiser, ele n�o sai da empresa", comentou.
Em seguida, Mantega acrescentou que a montadora em quest�o � a GM, e que a empresa explicou a ele que, ao mesmo tempo em que iniciou o programa de demiss�es volunt�rias em uma unidade, contratou mais funcion�rios em outra. Foi, portanto, uma quest�o de "acomoda��o regional". O ministro contou que recebeu tabelas da Anfavea mostrando que os pre�os dos autom�veis novos t�m subido menos do que a infla��o. "Tem queda real de pre�os, portanto eles est�o cumprindo o compromisso de manter pre�os e empregos."
O ministro minimizou o fato de Jap�o, da Coreia e de outros pa�ses terem questionado, na Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC), a decis�o brasileira de elevar o IPI sobre autom�veis importados com �ndice de nacionaliza��o inferior a 65%. "O governo brasileiro n�o precisa se defender (na OMC) porque � uma solicita��o de informa��es, n�o � uma a��o aberta contra o Brasil", comentou. "Mesmo porque, o Brasil � dos pa�ses que menos tomam medidas desse tipo." Segundo Mantega, os Estados Unidos, a �ndia e a China t�m adotado v�rias medidas que podem ser consideradas protecionistas - o que n�o � o caso da eleva��o do IPI no Brasil, ressalvou. "N�o houve representa��o formal na OMC", frisou.