O uso das moedas de Brasil, R�ssia, China, �ndia e �frica do Sul (pa�ses conhecidos como Brics) em opera��es internacionais cresceu nos �ltimos anos e pode aumentar ainda mais daqui para frente, visto que todas essas economias possuem import�ncia significativa em termos regionais e at� mesmo globais - caso dos chineses -, de acordo com um estudo do Fundo Monet�rio Internacional (FMI).
De acordo com o �rg�o, o uso de reais em opera��es com derivativos internacionais aumentou cerca de 50% entre 2004 e 2010, enquanto a utiliza��o da rupia indiana e do rublo russo mais que dobrou. O uso do yuan aumentou cerca de 12 vezes durante o per�odo.
"No longo prazo, as moedas emergentes demonstram potencial para atingir um uso internacional mais amplo, como o de economias avan�adas. Por exemplo, moedas de exportadores de commodities (o rublo russo e o real) podem desempenhar pap�is regionais mais amplos e se tornar parte de reservas de ativos de forma similar ao que ocorre com os d�lares da Austr�lia e do Canad�. O yuan poderia chegar ao uso global por causa do tamanho da economia chinesa" e do fato de ela estar no centro do com�rcio internacional, segundo o estudo do FMI.
Em 2010, a China respondeu por quase 9% do com�rcio mundial, mais do que o Jap�o, que ficou com uma fatia de 4,5%. Al�m disso o fluxo comercial chin�s deve superar o dos EUA nos pr�ximos cinco anos. Os demais Brics est�o conquistando espa�o no com�rcio mundial ou mantendo suas posi��es -
Segundo o FMI, al�m do com�rcio, tamb�m contribuem para a internacionaliza��o das moedas emergentes a profundidade dos mercados financeiros dom�sticos e a liquidez dos mercados externos, a abertura financeira de cada economia e as pol�ticas de cada pa�s para estimular o uso global de sua divisa.
"Os pa�ses emergentes progrediram em termos de aprofundamento dos mercados financeiros, sendo China e Brasil destaques pela expans�o de seu mercado interno de b�nus. A R�ssia e o Brasil tamb�m registraram o avan�o mais significativo na liberaliza��o de suas contas de capital, mas o potencial (para o uso de suas moedas) em transa��es comerciais pode ser limitado por suas respectivas estruturas comerciais e pela depend�ncia das exporta��es de commodities."
O documento afirma que o interesse em moedas emergentes come�ou a crescer depois que a crise financeira mundial e as preocupa��es com o car�ter de reserva de valor das principais moedas mundiais vieram � tona. A maior procura foi "motivada pelos fortes fundamentos (dessas divisas) e tamb�m reflete o desejo de maior diversifica��o e menos ativos correlatos".
O FMI ressaltou tamb�m que a concentra��o de v�rias fun��es do sistema monet�rio internacional em duas moedas, o d�lar e o euro embora seja eficiente, pode aumentar a vulnerabilidade sist�mica aos choques e �s pol�ticas dos emissores dessas divisas.