O volume de opera��es de cr�dito do sistema financeiro nacional (SFN) continua em alta e os R$ 1,929 trilh�o registrados em setembro j� equivalem � marca recorde de 48,4% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no pa�s. E, como ressaltou o chefe do Departamento Econ�mico (Depec) do Banco Central (BC), T�lio Maciel, tudo leva a crer que a rela��o entre cr�dito e PIB terminar� o ano em 49%.
A evolu��o estimada por ele vai depender mais fortemente da tomada de cr�dito por pessoas jur�dicas (empresas), que gozam de taxas de juros n�o t�o altas quanto as oferecidas �s pessoas f�sicas. Como exemplo, as contrata��es de novos empr�stimos com recursos livres, pelas empresas, aumentaram 2,4% em setembro, enquanto os empr�stimos pessoais cresceram apenas 0,9%.
Embora o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) tenha reduzido a taxa b�sica de juros (Selic) de 12,5% para 12% ao ano (a.a.), no final de agosto, os bancos n�o repassaram a queda na mesma propor��o. Enquanto a altera��o na Selic representou retra��o de 4,16%, a redu��o de 0,8 ponto percentual nos juros cobrados no cheque especial (de 187,5% a.a. em agosto para 186,7% a.a. em setembro) equivaleu a uma redu��o de apenas 0,042%.
O cheque especial � a modalidade mais cara nas transa��es banc�rias, tendo aumentado 16 pontos percentuais no acumulado do ano. Mas nenhuma � barata. A menos cara � a taxa de juros do empr�stimo consignado, com desconto direto do sal�rio, praticamente sem risco para o credor. Mesmo assim, o tomador teve que pagar 28% a.a. no m�s passado, contra 28,3% a.a. em agosto.
A taxa mais pr�xima disso no cr�dito banc�rio para pessoa f�sica est� no financiamento de ve�culos, que caiu de 29,4% para 28,5% a.a., na compara��o mensal. As compras de outros bens pagaram taxa anual de 50,6%. Vale lembrar que essa modalidade teve a maior redu��o em rela��o aos 55,5% cobrados no m�s anterior. O cr�dito pessoal permaneceu est�vel, com ligeiro aumento de 49,6% para 49,7% a.a. na compara��o mensal.
As pessoas jur�dicas tamb�m foram submetidas a juros altos nas principais atividades de cobran�a banc�ria. O desconto de duplicatas caiu de 43,8% para 42,3% (a.a.), de agosto para setembro, e o desconto de promiss�rias aumentou de 55,4% para 56% a.a.. O capital de giro teve taxa reduzida de 29,2% para 27,4% a.a., os financiamentos para aquisi��o de bens baixaram de 16% para 15,4% a.a. e a conta garantida, que cobra a taxa mais alta no segmento, caiu de 108,9% para 107,7% a.a.