Se em setembro as contas do setor p�blico consolidado tiveram um resultado bastante favor�vel - o melhor super�vit prim�rio para o m�s dentro da s�rie iniciada em 2002, exceto setembro de 2010, quando o n�mero foi inflado pela opera��o de capitaliza��o da Petrobras -, em outubro o saldo deve ser ainda melhor. A expectativa do economista da MCM Consultores Marcos Fantinatti � de que o super�vit prim�rio atinja a casa de dois d�gitos, em raz�o, basicamente, de um resultado robusto a ser registrado pelo Governo Central (Previd�ncia Social, Banco Central e Tesouro Nacional).
Na avalia��o de Fantinatti, as despesas com o pagamento da primeira parcela do 13º sal�rio a aposentados n�o mais pesar�o nas contas em outubro, como ocorreu em setembro. Ainda, afirma ele, deve haver contribui��o maior das receitas do setor de petr�leo.
O super�vit de R$ 8,096 bilh�es nas contas do setor p�blico em setembro veio pr�ximo da estimativa da MCM, que era de R$ 8,200 bilh�es. O chefe do Departamento Econ�mico do Banco Central (BC) T�lio Maciel, informou que, n�o fosse a opera��o de capitaliza��o de Petrobras em 2010, o super�vit de setembro deste ano teria sido o melhor da s�rie desde 2002. A opera��o de capitaliza��o da Petrobras foi realizada em setembro do ano passado e garantiu uma receita extra de R$ 31,9 bilh�es para os cofres do governo federal. Naquele m�s de 2010, o super�vit atingiu R$ 27,756 bilh�es.
Tamb�m n�o houve surpresa por parte do economista no que diz respeito � rela��o d�vida/PIB, que encerrou setembro no menor patamar da s�rie hist�rica, a 37,2%. "Isso foi 99,9% por causa do c�mbio. Em outubro, deve subir um pouco", afirmou.
Na sua avalia��o, esse movimento se dar� uma vez que o d�lar vem devolvendo parte da valoriza��o de cerca de 17% registrada em setembro. "Como n�o chegou a devolver tudo, a rela��o d�vida/PIB tamb�m n�o deve retornar para a casa de 39%. Ela deve ficar perto de 38%", disse. A previs�o do Banco Central, feita hoje pelo chefe do Departamento Econ�mico, � de 38,2% para outubro.
Apostando em um d�lar mais elevado no final de 2011, a MCM acredita que esta rela��o fechar� o ano em torno do patamar visto em setembro. "Esperamos c�mbio em R$ 1,80 no final do ano e, com isso, a rela��o d�vida/PIB deve ficar em 37,2%, 37,3%", previu Fantinatti.