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Estado de Minas

Poss�vel ajuda de emergentes gera temor na Europa


postado em 03/11/2011 09:44 / atualizado em 03/11/2011 10:00

A eventual ajuda de pa�ses emergentes, sobretudo da China, � Europa est� sendo vista com retic�ncia por alguns setores no continente, que veem a iniciativa como uma inger�ncia que pode afetar a soberania europeia.

Na Fran�a, a oposi��o teme as contrapartidas que a China poderia exigir para ajudar a Europa e qualifica de "chocante" o apelo feito "a uma ditadura comunista".

"A ajuda da China significa uma perda de independ�ncia para a Europa. Sermos obrigados a proclamar ao mundo que vamos recorrer � China para nos reequilibrarmos significa que teremos menos armas para negociar assuntos cruciais com esse pa�s", diz Fran�ois Bayrou, presidente do partido centrista MoDem.

Ele cita, entre as negocia��es cruciais, a quest�o da desvaloriza��o da moeda chinesa para estimular as exporta��es do pa�s.

A guerra cambial � um dos temas da pauta da reuni�o de l�deres do G20 que come�a hoje (3) em Cannes, na Fran�a.

"Decidimos nos entregar com os p�s e as m�os amarradas aos emergentes. Os europeus n�o podem discutir uma prote��o contra os efeitos sociais e ambientais da globaliza��o e pedir, ao mesmo tempo, a quem voc� vai negociar isso, para pagar a conta da sua crise financeira", diz o deputado do partido verde europeu Daniel Cohn-Bendit.

Mesmo na It�lia, pa�s visto como um dos poss�veis pr�ximos a serem afetados com o agravamento da crise, a ajuda provoca divis�es. O ministro das Finan�as da It�lia, Giulio Tremonti, havia alertado, em um livro publicado h� tr�s anos, sobre os riscos de "uma coloniza��o invertida da China na Europa".

Mas recentemente, o mesmo Tremonti n�o viu com maus olhos a possibilidade de a China comprar t�tulos da d�vida italiana em um momento em que a It�lia teve de captar recursos no mercado com juros bem mais altos do que os habituais.

O presidente franc�s, Nicolas Sarkozy, que negociou o plano europeu de ajuda � Gr�cia e preside atualmente o G20, assegurou que a independ�ncia da Europa n�o estaria amea�ada com a ajuda da China � crise na zona do euro.

A c�pula do G20 em Cannes, que deveria aprofundar a discuss�o sobre a ajuda dos emergentes � Europa, acabou sendo colocada em um cen�rio de incertezas por causa do an�ncio surpresa da Gr�cia de convocar um referendo sobre o pacote de socorro europeu.

A ajuda prev� o corte de 50% da d�vida grega em poder dos bancos e o refor�o do Fundo Europeu de Estabiliza��o Financeira. Segundo alternativas em discuss�o, a China poderia injetar recursos justamente nesse fundo, estimados entre 50 bilh�es e 100 bilh�es de euros.

A China possui reservas internacionais colossais, da ordem de US$ 3,2 trilh�es. O pa�s j� det�m, segundo estimativas de economistas, US$ 500 bilh�es em t�tulos da d�vida de pa�ses europeus, como a Gr�cia, Portugal, Irlanda e Espanha.


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