O Brasil pretende suprimir da declara��o final do G20 qualquer refer�ncia contra o protecionismo, segundo fontes que participam da c�pula que re�ne as pot�ncias desenvolvidas e emergentes a partir desta quinta-feira em Cannes, sul da Fran�a.
Na declara��o de Toronto, em junho de 2010, os pa�ses do G20 se comprometeram a manter n�o apenas "seus mercados abertos" devido � crise econ�mica global que causou a maior queda do com�rcio em mais de 70 anos, como tamb�m decidiram "renovar por mais tr�s anos, at� o fim de 2013", o compromisso de n�o aumentar ou impor novas barreiras aos investimentos ou ao com�rcio de bens e servi�os.
Tamb�m se comprometeram a n�o impor novas restri��es �s exporta��es e n�o implementar medidas que firam as normas da Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC) para estimular as exporta��es, al�m de corrigir tais medidas caso sejam adotadas.
Mas, segundo estas fontes, o Brasil tenta eliminar da declara��o que deve ser adotada pelos l�deres do G20 nesta sexta-feira qualquer refer�ncia contra o protecionismo e eliminar o prazo de 2013 dado na anterior.
Apesar de em outubro o super�vit comercial do Brasil ter crescido 75% em compara��o ao mesmo per�odo de 2010, para 25,39 bilh�es de d�lares, as autoridades de Bras�lia anunciaram em setembro a introdu��o a partir de 15 de dezembro de um aumento de 30 pontos percentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros fabricados com menos de 65% de pe�as nacionais ou de fora do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai).
O governo Dilma Rousseff adotou a medida para favorecer a produ��o nacional frente ao forte aumento das importa��es, sobretudo da China, principal s�cio comercial do Brasil.
A eleva��o do IPI, do qual tamb�m foi exclu�do o M�xico, acarretar� um aumento de entre 27% e 36% o pre�o final dos autom�veis, segundo a Associa��o Nacional de Fabricantes de Ve�culos.
A Argentina � a fonte de 42,2% dos carros importados pelo Brasil, seguida da Coreia do Sul (19,36%) e da China (11,66%), segundo dados do setor. Jap�o, Coreia do Sul e outros pa�ses afetados pela medida questionaram a decis�o e pediram explica��es �s autoridades brasileiras.