A incerteza sobre qual ser� o impacto do cen�rio de turbul�ncia internacional na economia brasileira derrubou expectativas de longo prazo de empres�rios do varejo no m�s de outubro. No curto prazo, entretanto, as empresas do setor continuam otimistas em rela��o �s vendas de Natal, que ser�o impulsionadas pelo mercado de trabalho ainda favor�vel. A an�lise partiu do economista da Funda��o Get�lio Vargas (FGV) Alo�sio Campelo ao comentar os resultados da Sondagem Conjuntural do Com�rcio divulgados hoje.
Campelo informou que, como a pesquisa ainda � recente, com s�rie hist�rica iniciada em mar�o de 2010, o desempenho mensal do �ndice de Confian�a do Com�rcio (Icom) ainda apresenta oscila��es. Por isso os resultados trimestrais do indicador s�o mais confi�veis para mensurar tend�ncias. Segundo o especialista no trimestre encerrado em outubro, o Icom caiu 3,3% ante igual per�odo do ano passado, derrubado pela piora nas expectativas de neg�cios nos pr�ximos seis meses.
Atualmente, o setor varejista convive com um ambiente de desacelera��o "suave" no ritmo de atividade em rela��o a 2010. O economista da FGV observou que, com a piora do cen�rio externo, ficou mais dif�cil para o empres�rio do varejo tentar antecipar poss�veis efeitos negativos na economia brasileira em um horizonte mais longo.
Um dos setores que mostraram confian�a mais diminuta e pouco otimismo com o futuro foi o de ve�culos, motos, partes e pe�as. Somente neste segmento, o �ndice de Expectativas (Icom-Ie) caiu 8,5% no trimestre encerrado em outubro; j� o �ndice de Situa��o Atual (Icom-Isa) recuou 10,9%, no mesmo per�odo. No entanto, isso n�o deve atrapalhar as vendas do Natal deste ano, que devem ser sustentadas por resultados ainda positivos de massa salarial e renda do trabalhador.
Campelo lembrou ainda que, no trimestre at� outubro, 67,2% das empresas pesquisadas apostaram em aumento de vendas nos pr�ximos tr�s meses. Embora o porcentual para esta resposta seja abaixo da apurada no resultado anterior, referente ao trimestre finalizado em setembro (68,6%), esta fatia � superior � registrada em igual per�odo no ano passado, nesta mesma resposta no trimestre finalizado em outubro de 2010 (64,9%). "Com estes resultados, � de se supor que o com�rcio ainda v� ter um desempenho razo�vel neste final de ano", afirmou.
A satisfa��o com a demanda atual ainda opera em n�veis razo�veis. Das 1.243 empresas consultadas, a parcela das que a classificam como forte subiu de 20,3% para 20,7% do trimestre encerrado em setembro para o trimestre finalizado em outubro.