A infla��o dos grupos Alimenta��o, Despesas Pessoais e Vestu�rio impulsionou para cima o �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) na primeira quadrissemana de novembro, afirmou hoje o coordenador-adjunto do indicador, Rafael Costa Lima. O IPC, medido pela Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe), saiu de uma alta de 0,39% em outubro para 0,53% na primeira pr�via deste m�s, conforme divulado mais cedo pela entidade.
"Alguns produtos nos surpreenderam. Curiosamente, n�o foram nem os que mais aumentaram ou tiveram maior impacto no �ndice geral. Mas foram itens que estavam em trajet�ria de queda e come�aram a subir, interrompendo o movimento de baixa", explicou Costa Lima, em entrevista � Ag�ncia Estado na sede da Fipe.
Foi o caso do grupo Vestu�rio, que saiu de um recuo de 0,72% em outubro para uma alta de 0,56% na primeira quadrissemana de novembro. As maiores valoriza��es foram registras em cal�ado feminino (2,92%) e cal�ado infantil (1,39%). "Parece um reajuste de prepara��o para as vendas de fim de ano. Na ponta (conforme c�lculos mais recentes da Fipe), todos os segmentos est�o subindo", afirmou.
A infla��o de alimentos (de 0,53% para 0,74%) tamb�m foi considerada uma "surpresa" pelo coordenador. "Os produtos In Natura vinham caindo e parece que mudaram de tend�ncia. Parte desse movimento � sazonal, mas n�o cont�vamos com essa mudan�a brusca", disse, exemplificando que, dentro do subgrupo In Natura os pre�os de legumes recuaram 2,26% na primeira quadrissemana, enquanto a expectativa da Fipe era de queda maior - de 4,47%. "E na ponta j� tem alta de 8,60%", afirmou. Os In Natura passaram de uma defla��o de 1,60% para leve queda de 0,08% na primeira quadrissemana do m�s.
Os pre�os mais salgados das passagens �reas nesta pr�via continuaram pressionando grupo Despesas Pessoais (de 0,80% para 0,91%). No per�odo em an�lise, os pre�os dos bilhetes a�reos tiveram varia��o positiva de 11,31%. "O aumento pode estar relacionado a alguma reorganiza��o feita pelas companhias", ponderou.
Embora Habita��o tenha sa�do de uma alta de 0,66% em outubro para 0,64% na primeira quadrissemana de novembro, o coordenador ressalta que o grupo vai continuar tendo impacto significativo de alta sobre o �ndice geral nas pr�ximas medi��es. Isso porque o repasse do reajuste na tarifa de �gua e esgoto no Estado de S�o Paulo ainda n�o chegou ao fim. "O pico foi registrado nessa primeira quadrissemana. Mas a incid�ncia desse aumento s� deve diminuir na terceira quadrissemana do m�s", estimou.
De acordo com a Fipe, o aumento de 6,83% nas tarifas de �gua e esgoto, promovido pela Sabesp e que passou a vigorar no dia 9 de setembro, teve impacto de 4,83% na primeira quadrissemana de novembro e deve ter efeito de 4,28% sobre o IPC da segunda pr�via e de 2,87% na terceira quadrissemana do m�s. A expectativa da funda��o � de que o fim do repasse ocorra somente na segunda quadrissemana de dezembro.