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Estado de Minas

Produ��o do vestu�rio brasileiro ser� padronizada e pode causar revolu��o


postado em 19/10/2011 10:39 / atualizado em 19/10/2011 11:27

O setor de vestu�rio prepara-se literalmente para uma revolu��o na maneira como as pe�as s�o fabricadas e vendidas no Pa�s. Com base no levantamento das medidas m�dias do corpo da popula��o brasileira est�o sendo estabelecidas refer�ncias para o tamanho das roupas infantil, masculina e feminina. Segundo o presidente da Associa��o Brasileira do Vestu�rio (Abravest), Roberto Chadad a expectativa � de que nos pr�ximos dois anos ao menos metade da produ��o nacional de vestu�rio, atualmente em 5,5 bilh�es de pe�as anualmente, possa estar padronizada.

"Para a ind�stria, a padroniza��o das medidas poder� gerar uma economia de at� 8% na compra das mat�rias-primas (tecidos). J� no varejo cair�o os custos para confer�ncia interna do tamanho das pe�as e as trocas de roupas por parte do consumidor final", afirmou Chadad. Outro canal que poder� ser desenvolvido � o de vendas por meio da internet, que ainda engatinha no Brasil. "Em virtude das diversas grades de numera��es existentes, a venda de vestu�rio na internet enfrenta o desafio do alto volume de solicita��es de trocas e devolu��es", disse.

No caso masculino, as novas normas sugerem medidas diferenciadas para homens a partir dos biotipos "normal", "atl�tico" e "obeso" que dever�o gerar mais de vinte refer�ncias de tamanho. "Os tamanhos P, M e G deixar�o de ser medidas de refer�ncia", destacou Chadad. As cal�as, por exemplo, contar�o com especifica��es como "per�metro de cintura", "comprimento entrepernas" e "estatura" para as quais foram confeccionadas. J� as camisas ter�o informa��es do "per�metro de cintura", "per�metro de t�rax", "comprimento do bra�o" e "estatura".

Segundo a Abravest, as padroniza��es masculinas est�o na fase final de consulta p�blica, processo que dever� ser encerrado entre o final de outubro e in�cio de novembro. A homologa��o das medidas, na sequ�ncia, seguir� os padr�es da Associa��o Brasileira de Normas T�cnicas (ABNT), com o instituto Totum - credenciado pelo Inmetro - encarregado pela qualifica��o e auditoria das empresas. A Associa��o Brasileira do Varejo T�xtil tamb�m participa das discuss�es.

Dessa forma, as confec��es que aderirem � padroniza��o dever�o oferecer roupas com a respectiva numera��o e medidas adequadas a cada perfil de consumidor. Al�m disso, ser�o criadas novas etiquetas - adicionalmente � obrigat�ria costurada na roupa, com a origem do produto e CNPJ do fabricante - penduradas com informa��es mais detalhadas, como a composi��o dos tecidos e as orienta��es sobre lavagem e conserva��o, "que n�o encontram espa�o" nas pe�as atualmente, disse Chadad.

Ap�s a finaliza��o das padroniza��es das vestimentas masculinas, ser� a vez das femininas. "Isso dever� ser finalizado at� abril do pr�ximo ano", destacou o presidente da Abravest. Nas roupas femininas, as etiquetas v�o indicar a "estatura", "medida ombro a ombro" (no caso dos casacos), "busto", "cintura", "quadril" e "comprimento", conjuntamente aos biotipos "normal", "atl�tico" e "obeso". A expectativa da entidade � de que as roupas femininas tamb�m contenham mais de vinte refer�ncias de tamanho.

Desde o in�cio deste ano, as roupas infantis j� contam com a padroniza��o dos tamanhos, num total de 22 refer�ncias de medidas. Segundo Chadad, as ind�strias est�o reestruturando sua produ��o com as novas normas. "Por enquanto, apenas 5% das f�bricas, principalmente as de uniformes escolares, j� se adequaram", disse. Mas esse n�mero deve subir. "Mais de 100 f�bricas em S�o Paulo devem se adequar at� o final deste ano, porque os col�gios est�o passando a exigir as novas padroniza��es."

O dirigente da Abravest destacou que as padroniza��es s�o apenas uma refer�ncia, e n�o uma obriga��o prevista na legisla��o. Segundo ele, a entidade investiu mais R$ 400 mil na elabora��o e nos estudos das medidas, que contaram com mais de cem reuni�es com representantes da ind�stria, varejo, mat�ria-prima e consumidores, por meio da ABNT. A entidade vai disponibilizar, gratuitamente, aos fabricantes assessoria t�cnica para que as empresas se adaptem �s padroniza��es. "Ningu�m vai pagar pelas normas."


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