A presidente Dilma Rousseff entrou em campo para deixar para 2012 a vota��o, na C�mara dos Deputados, do projeto que cria uma nova divis�o para os royalties do petr�leo. A estrat�gia do governo � protelar uma defini��o sobre o tema para n�o contaminar outras propostas de interesse do Executivo que t�m de ser analisadas at� o fim deste ano e deixar esfriar a temperatura entre os lados envolvidos na disputa. O adiamento favorece os Estados e munic�pios produtores, que s�o beneficiados pelo modelo atual no qual a maior parte da receita � concentrada em suas m�os.
Em conversa com a c�pula do PMDB na semana passada, a presidente usou o exemplo do que ocorreu no governo Luiz In�cio Lula da Silva para demonstrar o que n�o quer repetir. Lula patrocinou um acordo com governadores sobre o tema, mas o Congresso derrubou a proposta e aprovou ent�o a pol�mica emenda Ibsen Pinheiro redistribuindo todos os recursos da extra��o de petr�leo no mar entre todos os Estados e munic�pios, de acordo com os fundos de participa��o. O presidente acabou tendo de vetar o texto aprovado pelo Congresso.
Para Dilma, se o projeto do senador Vital do R�go (PMDB-PB) for referendado pela C�mara, ela ter� de vetar para evitar danos ao Rio de Janeiro e Esp�rito Santo e a pol�mica ser� prolongada.
Dilma pediu dados sobre os impactos do projeto aprovado pelo Senado. Os n�meros entregues � presidente s�o diferentes dos anunciados por Vital. Com isso, ela tem argumentos para adiar uma defini��o e tentar construir um acordo para evitar uma fragmenta��o na base aliada.